Representantes de oito universidades australianas estão reunidos hoje (segunda, 18) em uma feira no saguão da Reitoria da UFMG, para conversar com alunos interessados em fazer intercâmbio no país pelo programa Ciência sem Fronteiras. Nos estandes, representantes das instituições envolvidas esclarecem sobre questões como sistema educacional da Austrália, grade curricular dos cursos e opções de alojamento estudantil. Segundo a assessora para intercâmbios da Diretoria de Relações Internacionais (DRI) da UFMG, Denise Carmona, os representantes das universidades estrangeiras também buscam conhecer o sistema educacional brasileiro, e fazer contatos para estabelecer possíveis parcerias de pesquisa. “Além dos estudantes de graduação, alunos de doutorado e pós-doutorado também são contemplados pelo Ciência sem Fronteiras”, lembra Denise. Esta é a terceira vez que o Programa oferece vagas para a Austrália. De acordo com o diretor do evento de hoje, Luis Magalhães, o número de inscritos vem aumentando em decorrência da realização de feiras do gênero. “Nas duas primeiras chamadas que incluíam a Austrália, em 2012, menos da metade das vagas foram ocupadas. Já na última, encerrada no dia 25 de janeiro, houve 1,2 mil inscritos para mil vagas”, ressalta. Desde o ano passado, mais de 90 alunos de graduação da UFMG já foram enviados para aquele país. O chamado “Group of Eight” (Go8), representado na feira de hoje, é uma aliança entre as universidades de Sydney, Queensland, Western Australia, Adelaide, Melbourne, New Shouth Wales, a Universidade Monash e a Universidade Nacional Australiana. Segundo a gerente do Go8 na América Latina, Priscila Trevisan, 70% da verba destinada à pesquisa na Austrália vai para as instituições do Grupo, que se destacam nas áreas de mineração, energias renováveis, agricultura e ciências da saúde. De acordo com Priscila, há uma demanda pela diversificação do corpo discente internacional na Austrália. “Os estrangeiros, em sua maioria asiáticos, representam 20% a 25% do número total de estudantes universitários no país. Entre eles, apenas 5% são latino-americanos”, observa. De acordo com ela, as instituições australianas também têm procurado incentivar a ida de seus alunos para outras partes do mundo, já que o intercâmbio não é prática muito frequente entre estudantes daquele país. A feira acontece até as 19h de hoje. Neste semestre o saguão da reitoria abrigará eventos semelhantes envolvendo universidades de outros países: Canadá (no dia 3 de abril), Alemanha (6 de abril), França, Alemanha, Índia e, novamente, Austrália (6 de junho).