Hip hop é tema de mostra de cinema no Centro Cultural

Até o final deste mês, o projeto CineCentro, do Centro Cultural UFMG, promove a mostra Hip-hop – Raízes. A sessões, com entrada franca, acontecem às terças e quintas-feiras, a partir das 19h. Hoje será exibido o documentário The freshest kids.

Segundo o curador, o dançarino e coreógrafo Eduardo Sô, a cultura hip hop é composta de quatro subculturas baseadas na criatividade: o DJ é o músico sem instrumentos; o B.Boy representa a dança; o MC é o mestre de cerimônia e a voz; e o Writing representa o grafite.

Eduardo Sô conta ainda que a cultura Hip-hop chegou ao Brasil em 1983. A mídia investiu pesado nos cinemas, programas de TV, videoclipes e revistas. A moda passou, mas a cultura hip-hop ficou.

A mostra pretende apresentar a história da cultura hip-hop e suas influências, desde os pioneiros nos Estados Unidos e no Brasil.

O Centro Cultural UFMG fica na Praça da Estação, na avenida Santos Dumont, 174, esquina com rua da Bahia. Informações pelo telefone 3409-8284.

Programação

9 de abril – terça-feira

The freshest kids (The Freshest Kids: A History of the B-Boy)
Documentário – EUA – 2002 – 97min
O documentário aborda o b-boying nos EUA. Mostra o desenvolvimento da breakdance e da cultura hip hop desde seu surgimento, em meados da década de 1970. Conta com participação de figuras importantes como Afrika Bambaataa, Mos Def, Fab 5 Freddy, KRS-One, Crazy Legs, entre outros.

11 de abril – quinta-feira

H-URB
Direção: Thiago Negraxa
Documentário - Brasil -2012 - 135min
A história das street dances (danças urbanas) em São Paulo está na origem da ideia do projeto H-urb (Histórias Urbanas). O documentário proporciona ao público praticante ou interessado no breaking, popping, locking, hip hop dance e house a oportunidade de conhecer as pessoas que possibilitaram o desenvolvimento e a continuidade das street dances.
O material reunido revela muito sobre os pioneiros das culturas funk styles e hip hop em São Paulo e Belo Horizonte, com foco na dança, suas trajetórias profissionais, como aprenderam a dançar, como aprenderam a ensinar, como fizeram eventos e como sobreviveram com esta arte.

16 de abril – terça-feira

Wild style
Direção: Charlie Ahearn
1982, 82 minutos

Foi o primeiro filme de hip hop da história. Dirigida por Charlie Ahearn, a película foi lançada nos cinemas em 1983 pela First Run Features. Entre os participantes da produção estão Fab Five Freddy, Lee Quinones, o Rock Steady Crew, The Cold Crush Brothers, Patti Astor, Sandra Fabara e Grandmaster Flash.

O filme conta a história de Zoro (o lendário grafiteiro LEE Quinones) e seu relacionamento romântico e artístico com Ladybug (outra lenda do graffiti, Sandra PINK Fabara). Fab Five Freddy faz o papel do empresário PHADE. O filme mostra como eles grafitam vagões de trens durante a noite e o preconceito com esta maneira de se realizar arte urbana. Wild Style tem seu clímax em uma enorme jam ao ar livre, com a participação de todos esses grandes nomes da old school. Definitivamente a mais famosa festa hip-hop da história.

18 de abril – terça-feira

Style wars
Documentário – EUA – 1983 – 69 min.
Direção: Henry Chalfant e Tony Silver
Em Nova York, na década de 1970, uma subcultura adolescente única começou a se desenvolver em torno de ousadas e expressivas formas da arte do graffiti, do DJ, do rap e da dança breaking. Ao longo da década de 1980, essa subcultura conquistou o mundo da arte e do entretenimento. Enquanto isso, o graffiti cobria cada vagão de trem – trazendo fama a seus criadores – em toda a cidade e causando conflito social não resolvido até hoje. Style wars mostra as raízes da uma cultura underground controversa, ao retratar os adolescentes que a criaram, e documenta as respostas dos pais, da polícia, da arte e até da prefeitura de Nova York.

23 de abril – quinta-feira

Beat street (Loucuras do ritmo)
Direção: Stan Lathan
EUA – 1984 - 102 min

A violência presente em alguns bairros de Nova Iorque nos anos 80 dá lugar a dançarinos, cantores de rap, grafiteiros e DJs. Surge então uma revolução na arte, na música e na dança. Por falar em música, o ponto alto do filme é a trilha sonora, que inclui nomes como Grand Master Flash & The Furious Five, Afrika Bambaataa e Kool Moe Dee. Beat Street, do diretor norteamericano Stan Lathan, é com certeza um clássico de belas imagens de lugares e personagens que escreveram a história do Hip hop.

25 de abril – terça-feira

Breakdance (Breakin')
Direção: Joel Silberg
EUA – 1984 – 90 min.
Kelly (Lucinda Dickey), jovem e dedicada dançarina de jazz, junta-se a dois praticantes da street dance, Ozone (Adolfo Quinones) e Turbo (Michael Chambers). O trio logo se torna a maior sensação do breakdance. Junto com A Loucura do Ritmo, lançado no mesmo ano, Breakdance foi um importante veículo para a popularização do rap.

30 de abril – terça-feira

O som que vem das ruas
Direção: Eduardo Zunga e Daniel Veloso
Brasil - 2011 - 35min
O projeto fio realizado pelo coletivo Família de Rua. Reúne em CD 13 faixas com a participação de 23 artistas (MCs e BeatMakers) que fazem parte da história do Duelo de MCs. E conta também com um documentário sobre a história do MC de Hip Hop em Belo Horizonte.

(Com assessoria de comunicação do Centro Cultural UFMG)