A aproximação entre o Brasil e o continente europeu, em especial no campo acadêmico, foi tema de solenidade e de conversas entre integrantes da administração da UFMG e embaixadores europeus, no campus Pampulha, na manhã desta sexta-feira, 17. Além do grande número de estudantes brasileiros que participam de programas de mobilidade que têm a Europa como destino, são crescentes os convênios e outras formas de parceria, que devem ser reforçados com a criação do Centro de Estudos Europeus, inaugurado hoje. A identificação de áreas acadêmicas de interesse foi abordada por embaixadores presentes no evento e ouvidos pelo Portal UFMG. Fotos: Foca Lisboa/UFMG Eu próprio estive aqui há alguns meses, na Faculdade de Ciências Econômicas, quando tive a oportunidade de fazer conferência sobre as relações entre Portugal e Brasil, e mencionei precisamente a necessidade de nos aproximar das universidades, pois a aproximação passa inevitavelmente pelo campo acadêmico. Portugal é o principal destino europeu dos estudantes que participam do Ciência sem Fronteiras. Para além disso existe um programa bilateral entre as universidades portuguesas e brasileiras, e temos em nosso país cerca de oito mil estudantes brasileiros, o que é muito significativo, sendo Coimbra a cidade fora do Brasil que tem mais estudantes brasileiros. Tudo isso é obviamente muito importante porque serão essas pessoas que no futuro fortalecerão cada vez mais as relações Brasil/Portugal. “Há seis meses visitei a UFMG e a identifiquei como uma das parceiras mais interessantes no âmbito do Programa Ciência sem Fronteiras. Com relação às áreas de maior interesse, focalizamos sobretudo as ciências exatas, que têm maior ênfase do Programa. As pesquisas florestais, sobre energia renovável e bioquímica são exemplos significativos. Na abertura do ano, em São Paulo, tivemos um concerto muito interessante, com a presença do nosso presidente, Joachim Gauck. O concerto foi de um simbolismo muito importante, pois não foi oferecido por uma orquestra alemã, mas por uma orquestra mista, em que jovens alemães e músicos brasileiros tocaram juntos. Para nós, esse trabalhar juntos é a filosofia do evento: quando ideias se encontram (leia mais). A criação do Centro de Estudos Europeus é uma ótima iniciativa, pois a União Europeia é uma realidade importantíssima no mundo e também aqui no Brasil. Pessoalmente fico muito contente. Com relação à colaboração entre universidades brasileiras e italianas, é importante lembrar que a Itália participa muito ativamente no Ciência sem Fronteiras; nesses quatro anos do Programa estamos acolhendo nas universidades italianas seis mil estudantes brasileiros. Também contamos com a participação de empresas italianas, nas quais estudantes brasileiros podem realizar estágios. Outra iniciativa interessante é o escritório Unitália, que funciona em nossa embaixada no Brasil, e cuja tarefa específica é fortalecer os contatos entre as universidades italianas e brasileiras, além de também encorajar os estudantes brasileiros a estudar nas universidades italianas.
O Centro de Estudos Europeus é uma iniciativa bastante louvável, na medida em que cada vez mais a Europa e o Brasil estão ligados. É uma maneira de aproximar o continente europeu do Brasil, nesse momento em que as relações se tornam cada vez mais fortes.
Francisco Ribeiro Telles, embaixador da República Portuguesa no Brasil
Magnus Robach, embaixador da Suécia no Brasil
Parceiros têm que se conhecer mutuamente. A ideia do ano Brasil-Alemanha é muito simples: durante essa temporada vamos tentar oferecer mais informações sobre a Alemanha de hoje – não somente a cultura, mas também ciência, pesquisa, economia, política, sociedade, clima, meio ambiente e esporte.
Wilfried Grolig, embaixador da Alemanha no Brasil
Raffaele Trombeta, embaixador da Itália no Brasil