A obra explicita distinções entre os acervos que constituem arquivo, museu e biblioteca, com especial cuidado em relação à preservação do patrimônio documental, necessário para a escrita de uma história da "pátria mineira". Nos primeiros anos da República, de acordo com a autora, enquanto boa parte das atenções dos políticos mineiros se voltava para a construção de uma nova capital para o estado, um grupo de políticos conservadores optou por investir suas energias na definição do que seria essencial à construção da memória de Minas Gerais. A pesquisa de Ivana Parrela encontrou motivações para a escolha de determinados conjuntos documentais quando da criação do Arquivo Público Mineiro, e ela discute as influências dessas escolhas nos rumos das pesquisas históricas futuras. A autora apresenta os responsáveis pela concepção e organização dessas instituições (incluindo a Biblioteca e o Museu Mineiro), aponta suas redes de sociabilidade, seus interesses de pesquisa e de que maneira esses interesses determinavam recolhimentos e aquisições de acervos. Ivana mostra alguns exemplos das narrativas desses atores sobre a história pátria. Mestre e doutora em História pela UFMG, Ivana Parrela é professora de Arquivologia do Departamento de Teoria e Gestão da Informação da ECI. Tem experiências profissionais nas áreas de Arquivologia e História, trabalhando principalmente com os temas arquivo, museu, memória, ação cultural, educação patrimonial e história de Belo Horizonte e Minas Gerais. O livro pode ser encontrado nas livrarias e no site da Editora Annablume.
As relações estabelecidas entre arquivo, biblioteca e museu na construção do Arquivo Público Mineiro formam o eixo central do livro Patrimônio documental e a escrita de uma história da pátria mineira: Arquivo Público Mineiro – 1895-1937, da professora Ivana Denise Parrela (foto), da Escola de Ciência da Informação (ECI) da UFMG. A obra será lançada nesta quinta-feira, 11 de julho, durante evento de comemoração dos 118 anos do Arquivo.