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A UFMG, que é a universidade pública federal que mais envia estudantes para o exterior por intermédio do programa Ciência Sem Fronteiras, passa a ser também a instituição brasileira com maior fluxo de alunos de graduação para a Austrália. O resultado da última chamada para a concessão de bolsas direcionadas àquele país da Oceania, com intercâmbio previsto para o primeiro semestre de 2014, acaba de ser divulgado e coloca a UFMG em destaque. “Foram aprovados 618 estudantes de graduação de todo o Brasil, para seguirem para universidades australianas no início do ano que vem. A UFMG responde por nada menos que 10% deste total, tendo o CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) aprovado a ida de 62 de nossos alunos para chamado o grupo dos 8 (Group of Eight – Go8)”, informa Eduardo Viana Vargas, diretor de Relações Internacionais da UFMG. O Go8 é formado pelas seguintes instituições: University of New South Wales, University of Sydney, University of Adelaide, University of Western Australia, Monash University, University of Melbourne, Australian National University e University of Queensland. “Com esta participação de 10%, a UFMG é a universidade brasileira a enviar mais alunos de graduação para a Austrália”, acrescenta Vargas, que integra uma delegação em visita às universidades australianas. A missão brasileira, composta também por representantes da USP, Unicamp, Unesp, UNB, UFRJ, UFSC, UFPR e UFRGS, mantém agenda de encontros até o próxima sexta-feira, 6 de setembro. “A UFMG está em destaque não somente pelos 10% que representa no total de bolsas aprovadas, mas também pelo desempenho de nossos alunos, que tem sido acima da média e vem chamando a atenção das universidades australianas”, observa Vargas. Ele avalia que esse bom desempenho dos estudantes da UFMG gera novas possibilidades cooperação acadêmica. “Nossa expectativa é conseguir acordos em áreas que não são contempladas pelo Ciência sem Fronteiras, notadamente as ciências sociais e as relações internacionais. Outra oportunidade muito interessante a ser desenvolvida diz respeito aos centros de estudos internacionais criados na UFMG, particularmente os dedicados a estudos latino-americanos e chineses, já que os pesquisadores australianos estão abrindo os olhos para América Latina e há tempos são especialistas em China”, comenta. Segundo Vargas, o aprofundamento da cooperação com a Austrália abre perspectivas promissoras para a UFMG em outros campos. “O estreitamento das relações com essas instituições é significativo, uma vez que elas são universidades de classe mundial, com tradição de excelência em várias áreas do conhecimento”, afirma Vargas. “Podemos também fortalecer a diplomacia acadêmica que a UFMG está a praticar, calcada no eixo sul-sul, que necessariamente envolve a América Latina e a África, mas que vai além, abrangendo a Austrália, por exemplo”.