Analisar o caso de países que apostam em políticas universais como forma de inclusão social e outros onde a raça serve como parâmetro para políticas públicas é o intuito de palestra do pesquisador Adilson Moreira, que integra o seminário Justiça racial no Brasil: Ações afirmativas como instrumentos de transformação social. Promovido pela Associação de Pós-graduandos da UFMG, o evento será realizado nesta segunda-feira, 9, a partir das 14h, na sala 1010 da Escola de Engenharia, no campus Pampulha. A programação inclui ainda mesa de debate com a participação da professora da Faculdade de Educação e pró-reitora de Graduação da UFMG, Antônia Vitória Soares Aranha. Graduado em Direito pela UFMG e mestre e doutor pela Harvard Law School, Adilson Moreira defendeu tese intitulada The myth of white innocence in the brazilian affirmative action debate: a critical analysis (2012), na qual discute modelos de justiça racial a partir de narrativas presentes em decisões judiciais que rejeitam e as que reconhecem a constitucionalidade de programas de ações afirmativas. A partir da observação do poder que tem o direito de estabelecer parâmetros de debate público sobre temas sociais, o autor apresenta análise cultural de decisões judiciais, com o intuito de demonstrar o papel das mesmas na construção social da ideia de justiça racial.