Desenvolvido em parceria entre a UFMG (por meio do Projeto República: núcleo de pesquisa, documentação e memória) e o Ministério do Desenvolvimento Agrário, o caminhão-museu Sentimentos da Terra foi mencionado de forma positiva pelo historiador britânico Kenneth Maxwell, em sua coluna semanal na edição de ontem do jornal Folha de São Paulo. Maxwell descreveu o caminhão-museu como um “projeto maravilhosamente empolgante” e finalizou seu comentário com a seguinte definição: “É uma bela experiência. O melhor do Brasil”. O historiador conheceu o caminhão durante a itinerância em Diamantina, na semana passada. O caminhão-museu foi também tema de postagem do Blog do Mário Magalhães, jornalista carioca e autor do livro Marighella - O guerrilheiro que incendiou o mundo. O museu conta com atrações como biblioteca especializada, exposição interativa e contação de histórias, além de videodocumentários. Por meio da consciência e do conhecimento crítico, são promovidos os ideais de justiça e respeito aos direitos da gente do campo, contribuindo para o fim da violência na luta pela terra no Brasil. A proposta é reunir o rigor historiográfico com uma linguagem artística acessível a um público diversificado, em metrópoles e pequenas cidades, assentamentos e reservas indígenas. Os artistas Caio Blat, Chico Buarque, Dira Paes, Gilberto Gil, José Wilker, Letícia Sabatella, Marcos Palmeira, Maria Bethânia, Regina Casé, Vera Holtz e Wagner Moura emprestaram seu talento ao projeto, fazendo a narração dos 11 videodocumentários que compõem o acervo do caminhão. A curadoria do Sentimentos da Terra é do arquiteto, artista gráfico e cenógrafo Gringo Cardia. A coordenadora do Projeto República é a professora Heloisa Starling, do departamento de História da UFMG.