Em solenidade nesta quinta-feira, 12, às 14h30, no auditório principal do Parque Tecnológico de Belo Horizonte (BH-TEC), será lançado o Centro de Tecnologia em Nanotubos de Carbono (CT-Nanotubos), que funcionará em prédio de quatro andares cujas obras terão início em 2014. Inédita no país, fruto de arranjo universidade/empresas, a iniciativa almeja dominar o processo de aumento de escala na produção de nanomateriais de carbono, para suprir a crescente demanda da indústria nacional. Após a solenidade, serão visitadas as instalações provisórias do projeto, o CTN-Incubado. Segundo a professora Glaura Goulart Silva, do Departamento de Química – que coordena o projeto com o professor Marcos Pimenta, do Departamento de Física – um dos quatro laboratórios do CTN-Incubado já está em operação, e os outros três começam a funcionar nos dois primeiros meses de 2014. “Não podemos esperar um ano e meio, tempo necessário à construção do prédio, para aumentar a escala de alguns processos”, explica a professora. O CT-Nanotubos nasceu de projeto da UFMG, com apoio significativo do BH-Tec e do governo do estado de Minas Gerais, tendo sido foi aprovado pelo Fundo Tecnológico (Funtec) do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que apoia financeiramente projetos de estímulo ao desenvolvimento tecnológico e à inovação de interesse estratégico para o país. Com parceria da Petrobras e da empresa InterCement, reúne grupos de pesquisa liderados por dez docentes da Universidade. De acordo com Glaura Silva, a iniciativa pode ser considerada um “braço tecnológico” do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) em Nanomateriais de Carbono, coordenado pelo professor Marcos Pimenta, e que reúne 20 outras instituições parceiras, de nove estados brasileiros. Para o presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do estado de Minas Gerais (Fapemig), Mario Neto Borges, a criação de um Centro como este é de grande relevância para o estado e para o país, dada a dimensão estratégica dessa área. “Além do mais, ele cumpre um dos objetivos iniciais do programa INCTs, que é o de ter resultados importantes do ponto de vista das fronteiras da ciência, do desenvolvimento de tecnologia e da transformação em inovação, tudo isso com forte interação com o setor empresarial”, completa.