Foca Lisboa/UFMG “A UFMG foi a universidade brasileira com o maior percentual de excelência”, destacou o reitor Clélio Campolina, em entrevista concedida à Rádio UFMG Educativa na manhã de hoje. “São 49,2% dos programas de doutorado classificados com notas 6 e 7, enquanto a média nacional é de 10%”, apontou. Ele lembrou, ainda, que a UFMG respondeu, na edição 2013 do Prêmio, por sete trabalhos entre as 48 áreas do conhecimento, o maior índice entre as universidades brasileiras. Os resultados da avaliação trienal 2013 também revelam que a maioria dos programas de pós-graduação da UFMG está classificada com o conceito 5, o máximo para programas que contemplam apenas o nível mestrado. “Toda a nossa pós-graduação, do mestrado ao doutorado, teve um resultado muito positivo”, afirmou Campolina. Para o reitor, esses números são fruto de um grande esforço institucional. “Resultados assim são consequência do trabalho conjunto de coordenadores de curso, pesquisadores, professores, alunos e do nosso corpo técnico-administrativo, que dá suporte a todo esse crescimento. Além disso, é preciso dar ênfase à dedicação da nossa Pró-reitoria de Pós-graduação, que coordena todo esse trabalho”. Hora de investir na educação básica Campolina defende que esse esforço passe pelo investimento na escola de tempo integral na oferta de melhores salários para os professores. “São os dois pontos de partida para uma melhoria da educação básica brasileira. Afinal, não há como construir uma casa só a partir do segundo andar. A pós está bem, a graduação está bem, mas temos de nos atentar para a educação básica”, salienta. A avaliação Para o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, os resultados apontam para a evolução do Sistema Nacional de Pós-Graduação. "Comparando com a avaliação de 2010, podemos perceber como o modelo é consistente, não há mudanças significativas; o sistema possui uma trajetória constante de expansão e melhoria", enfatizou. Já o diretor de avaliação da Capes, Livio Amaral, destacou que, mesmo com o aumento das notas, a avaliação tem se tornado mais rigorosa. "O sistema de avaliação é feito de maneira comparativa. Como o crescimento não é apenas numérico, mas qualitativo, o que percebemos é um progresso na produção acadêmica dos programas", explica. Na Avaliação Trienal da Capes, os cursos são avaliados na seguinte escala: conceitos 1 e 2, que descredenciam o programa; 3, que significa desempenho regular, atendendo ao padrão mínimo de qualidade; 4, considerado bom; e 5, nota máxima para programas com apenas mestrado. Os conceitos 6 e 7 indicam desempenho compatível com o padrão internacional de excelência.
Para o reitor da UFMG, a pós-graduação brasileira, como um todo, está no caminho certo. “É um trabalho contínuo que a Capes vem fazendo, e que tem gerado resultados muito positivos. O que precisamos agora é de compatibilizar tudo isso com um esforço concentrado para melhorar a qualidade da educação básica brasileira”, defende.
Na Avaliação Trienal 2013, referente ao período 2010-2012, foram analisados 3.337 programas de pós-graduação, que compreendem 5.082 cursos, sendo 2.893 de mestrado, 1.792 de doutorado e 397 de mestrado profissional.