Universidade Federal de Minas Gerais

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Mapa com os 18 macropolos consolidados (vermelho) e induzidos (azul) e 23 subpolos induzidos

Em conferência internacional nos EUA, reitor defende modelo de desenvolvimento regional e urbano policêntrico para o Brasil

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013, às 10h11

O reitor Clélio Campolina Diniz participa, a partir desta segunda-feira, 16, nos Estados Unidos, da conferência internacional Global urbanisation: challenges and prospects, promovida pela Regional Studies Association (RSA). O evento, que acontece em Los Angeles, Califórnia, reúne estudiosos e especialistas em temas regionais e urbanos de vários países até o próximo dia 18.

Em sua exposição, marcada para esta terça-feira, 17, Clélio Campolina abordará o processo de crescimento demográfico e de urbanização do Brasil. Terá como base o artigo que ele preparou especialmente para ser apresentado no encontro internacional, intitulado Brazil: accelerated metropolization and urban crisis.

No estudo, Clélio Campolina demonstra que o desenvolvimento urbano brasileiro, intensificado na segunda metade do século 20, foi vertiginoso e resultou na concentração da população e das atividades econômicas em um conjunto restrito de grandes núcleos urbanos e regiões metropolitanas, situados, sobretudo, na fração territorial do país que se estende da região central de Minas Gerais ao Nordeste do Rio Grande do Sul.

Nesse sentido, a urbanização brasileira se expressou em uma acelerada metropolização, cujos desdobramentos foi uma crise urbana de grandes proporções atualmente vivenciada no país.

Sinais da crise
Diversos indicadores são arrolados para dimensionar a crise urbana brasileira, sendo que uma de suas dimensões mais dramáticas é delimitada pela precariedade das condições de habitação de parcela significativa da sociedade. O estudo de Clélio Campolina mostra que a população favelada do país alcançou o contingente total de 11,4 milhões de pessoas em 2010, dos quais 84% (9,5 milhões de indivíduos) estavam nas áreas metropolitanas.

Além desse quadro deficiente de moradia, outros problemas relacionados à insuficiência da infraestrutura de serviços urbanos, com destaque para o saneamento básico, se somam para tornar a situação habitacional na grandes metrópoles ainda mais crítica, de acordo com a pesquisa do reitor.

São analisadas também as crescentes dificuldades de mobilidade nos centros urbanos brasileiros, que vêm sendo acentuadas simultaneamente à maior importância dada ao transporte particular em detrimento ao de caráter coletivo. As informações estatíticas sistematizadas no estudo de Clélio Campolina dão conta de que a frota nacional de veículos automotores aumentou 142% entre 2001 e 2012, enquanto a população teve incremento de 12,5% no mesmo período.

A expansão dos veículos destinados ao transporte coletivo (ônibus) foi muito menor do que a das demais categorias de transporte particular (automóveis e motocicletas), contribuindo de forma decisiva para o caos no sistema viário das grandes cidades, que se manifesta não apenas em congestionamentos cada vez maiores e mais prolongados, mas também na ascendente curva de acidentes fatais de trânsito: os óbitos relacionados a esse tipo de causa somaram 44 mil em todo país em 2010, 48% acima do registrado em 2000.

Um aspecto que sintetiza a crise urbana é o aumento da violência, materializada no número crescente de mortes provocadas por homicídios, que totalizaram 53 mil em todo país em 2010, sendo que mais da metade deles (53%) foi registrada nas regiões metropolitanas.

Brasil policêntrico
Para Clélio Campolina, o equacionamento dessa grave crise vai exigir a implementação de um novo modelo de desenvolvimento regional e urbano para o Brasil, pautado por diretrizes de planejamento e ordenamento territorial, com a finalidade de constituir novas centralidades que possam ampliar as opções de alocação espacial dos investimentos e do emprego e, assim, estimular um maior espraiamento geográfico das atividades econômicas e da população brasileira.

Formulado originalmente pelo reitor em estudo produzido para o Ministério do Planejamento em 2008, esse modelo de desenvolvimento regional e urbano policêntrico consiste, resumidamente, na adoção de uma nova regionalização para efeitos de formatação e execução de políticas públicas e ações direcionadas ao fortalecimento de uma rede de sete macropolos regionais, que se juntariam a outros 11 já consolidados, e de um conjunto de mesopolos (veja mapa), cujo objetivo principal é o de “reduzir as desigualdades regionais, melhor ordenar o território e frear a megametropolização” do país.

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