A pesquisa inédita, que durou dez anos e inclui viagens a Portugal, Espanha, Alemanha e Estados Unidos – já havia rendido Oráculos da geografia iluminista (Editora UFMG/Ieat), publicado em 2012. De acordo com Júnia Furtado, o primeiro livro enfatizava os aspectos diplomáticos, políticos e científicos em torno da elaboração da Carte de l’Amérique Meridionale, enquanto a nova obra dá destaque ao processo de produção do mapa que influenciou as disputas entre Portugal e Espanha. A tese central da obra é a de que foi esse o mapa que “inventou” o Brasil, pois a partir dele foram conduzidas as negociações que definiram território muito próximo da configuração atual das fronteiras do Brasil. O livro de mesa, com capa de metal que mimetiza forma de produção de mapas na época – o volume pesa 4,2 quilos –, contém rico acervo de ilustrações cartográficas e documentos produzidos entre 1697 e 1782. Uma reprodução do mapa, dobrada, com quatro vezes o tamanho do volume, é incluída como encarte. O livro, que mede 26cm x 32cm e tem 456 páginas, está disponível nas livrarias a R$ 249. . O Prêmio Odebrecht de Pesquisa Histórica – Clarival do Prado Valladares, iniciativa da Organização Odebrecht, premia anualmente projeto inédito que trate de tema ligado à história do Brasil. A Organização Odebrecht é responsável pelos recursos necessários à realização completa do projeto selecionado, da pesquisa à edição de livro ilustrado. Leia matéria do Boletim UFMG que abordou primeiro livro publicado sobre o tema pela professora Júnia Furtado. (Com informações da CDN Comunicação Corporativa)
O mapa produzido pelo cartógrafo francês Jean-Baptiste Bourguignon D’Anville, no século 18, que cumpriu então papel central nas negociações sobre limites territoriais brasileiros é o assunto do livro O mapa que inventou o Brasil (Editora Versal), da professora do Departamento de História Júnia Ferreira Furtado. A obra foi editada pela Versal, como parte do Prêmio Odebrecht de Pesquisa Histórica – Clarival do Prado Valladares, conquistado em 2011.