A história da luta pela terra no Brasil vai rodar o país no caminhão do museu itinerante Sentimentos da Terra, desenvolvido pela UFMG e o Ministério do Desenvolvimento Agrário. De 18 a 21 de março (no dia 18, das 14h30 às 16h30, e de 19 a 21, das 9h às 16h30), ele fica estacionado na Fiocruz, campus Manguinhos, no Rio de Janeiro. O caminhão-museu narra os principais aspectos da questão agrária no país, chamando atenção para os ideais de justiça e direito das pessoas do campo e o fim da violência na luta pela terra. A iniciativa conta com apoio do projeto Cartografias do Rural, que tem participação da Fiocruz, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), do Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil (CPDOC) e da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj). Unir perspectiva histórica, conhecimento e afirmação dos valores de equidade e democracia é o principal objetivo do projeto, segundo a vice-presidente de Ensino, Informação e Comunicação da Fiocruz, Nísia Lima. "A luta pela terra é parte indissociável da conquista da democracia e dos direitos de cidadania. Ao trazer o Sentimentos da Terra como parte da abertura do ano letivo da Fundação, pretendemos, de forma coerente com sua história, animar esse debate para o público mais amplo que tradicionalmente participa das ações de divulgação científicas realizadas na instituição”, afirma. Equipado com tecnologia de informação e entretenimento de ponta, o caminhão-museu possui diversos ambientes: duas salas de cinema; biblioteca com monitor touchscreen interativo e livros sobre arte, fotografia, geografia, história, costumes e tradições; galeria de personagens-ícone; e contadores de histórias, que vão incorporar personagens em cenários e episódios ligados aos movimentos pela luta agrária. A exposição vai contar ainda com um concurso de karaoquê e tenda para caracterização com roupas de época. O projeto tem a curadoria do designer Gringo Cardia. A regulação do uso do solo, os projetos sociais, políticos, econômicos e culturais na luta por direitos igualitários de posse da terra, a participação dos imigrantes na construção de modelo agrário igualitário, as formas de organização e resistência de trabalhadores rurais e as experiências de educação de qualidade no campo serão algumas das temáticas abordadas nos vídeos exibidos. Entre eles, O sonho republicano e a luta pela terra no Brasil, narrado por Chico Buarque; Quilombolas, por Gilberto Gil; Indígenas, pela atriz Letícia Sabatella; Cultura e educação no campo, pelo ator e crítico de cinema José Wilker; Canudos, pela cantora Maria Bethânia; e A legislação agrária no Brasil, pela atriz e apresentadora Regina Casé. Ainda como parte das atividades, será realizada a palestra Arquivos da ditadura, proferida pela professora da UFMG, coordenadora do Projeto República e assessora da Comissão Nacional da Verdade, Heloisa Starling. Um vídeo do caminhão-museu Sentimentos da Terra pode ser assistido neste endereço eletrônico. (Com Assessoria de Comunicação da UFMG)