A Biblioteca J. Baeta Vianna, da Faculdade de Medicina, abriu recentemente seu acervo de obras antigas para consulta online pelo Sistema de Bibliotecas. Cerca de 16 mil obras enquadram-se nesse perfil, sendo 8.602 já catalogadas e 155 consideradas raras ou preciosas. A catalogação vem sendo realizada por funcionários da unidade desde 2010. Segundo a bibliotecária Elza Hugo, foram consideradas obras raras aquelas que não existem em nenhuma outra biblioteca do Brasil ou do mundo. Os critérios de classificação são inspirados nos parâmetros utilizados pela Biblioteca Nacional. Para fazer tal avaliação, a equipe pesquisou o acervo das maiores bibliotecas universitárias. A bibliotecária explica que uma obra preciosa geralmente tem uma relevância localizada e os critérios são mais subjetivos. Exemplo disso é a primeira obra registrada na instituição, que é preciosa para a Faculdade, mas, em âmbito global, pode não ter a mesma importância. “O que caracteriza uma obra preciosa é outro aspecto, se não a data, uma assinatura importante de um professor, ou um doador importante, ou uma obra específica da criação da Faculdade de Medicina”, afirma. Acesso (Redes Sociais UFMG e Assessoria de Comunicação Social da Faculdade de Medicina)
A maioria dos livros do acervo antigo está em língua francesa e muitos deles em processo de deterioração. Com materiais desde o ano de 1500, esse acervo precisa de cuidados especiais. As regras de acesso, por exemplo, serão determinadas à medida que as consultas acontecerem. O que está definido é que, quando um usuário quiser consultar tais obras, que vão estar identificadas no sistema online, deverá agendar dia e horário e, com a supervisão de um funcionário, poderá consultar a obra na própria Biblioteca, em uma sala reservada.