Os organizadores da obra, Marisa Midori Deaecto, professora da USP, e Jean-Yves Mollier, da Université de Versailles Saint-Quentin-en-Yvelines, na França, farão as apresentações, baseadas sobretudo nos capítulos que assinam na obra. A mediação será do professor Luiz Carlos Villalta, do Departamento de História da UFMG. Enquanto Marisa Midori vai tratar das estratégias dos comunistas no país, especialmente o Partido Comunista Brasileiro (PCB) – que fazia propaganda e formava quadros segundo a lógica soviética, baseada na publicação de livros, jornais e revistas –, Mollier vai relembrar momentos como as revoluções de 1830 e 1848, na França, quando as brochuras de educação e formação acompanham períodos de sucesso e crise do movimento socialista. O livro Os capítulos que compõem a segunda parte do livro – entre eles três textos inéditos originados de teses de doutoramento nas França – abordam desde a tradição dos livros na política francesa até as repercussões da cultura soviética naquele país, passando por diversas conjunturas de atuação dos editores e pelas redes de livrarias comunistas. Com 352 páginas, o livro tem preço de capa de R$ 68.
O livro Edição e revolução: Leituras comunistas no Brasil e na França (Editora UFMG e Ateliê Editorial) será lançado em Belo Horizonte com mesa-redonda nesta segunda-feira, 31 de março, a partir das 19h, na Fafich.
Na primeira parte de Edição e revolução, pesquisadores de instituições como USP e Unesp revisitam as trajetórias de editoras ligadas ao PCB, durante e depois da fase de clandestinidade, e revelam aspectos dos encaminhamentos e da cadeia produtiva das publicações.