Estudantes, servidores técnicos e administrativos em educação e professores se reuniram nesta tarde junto ao monumento Liberdade, no gramado da Biblioteca Central, no campus Pampulha, para homenagear integrantes da comunidade universitária que morreram na resistência ao regime militar iniciado em 1964. Depois de citar os nomes das vítimas – Sebastião Pereira, Gildo Macedo Lacerda, Idalísio Soares Aranha Filho, José Carlos Novaes Mata Machado e Walkíria Afonso Costa –, o reitor Jaime Arturo Ramírez destacou que a instituição tem sua história marcada pela resistência a ameaças e sustentada por ideais de liberdade. “Este é um momento de respeito àqueles que lutaram pelos direitos humanos e contra a opressão e a discriminação”, ele afirmou. O ex-servidor Irani Campos contou a história de sua expulsão da Universidade durante os anos de chumbo e pregou a luta por uma instituição democrática e não elitista. Ele defendeu também a implantação de uma comissão da verdade na UFMG. A ideia foi apoiada pela estudante Bruna Lopes, da Fale, que falou em nome do DCE. Ela ainda lamentou o fato de que os estudantes "não encontraram refúgio no campus Pampulha nos confrontos com Polícia nas manifestações de junho do ano passado". Ao final, a professora Antonia Vitória Aranha, da Faculdade de Educação, tomou a palavra, emocionada, para lembrar Idalísio e Walquíria, seu irmão e sua cunhada, homenageados pelo monumento Liberdade. “Eram pessoas de seu tempo, que precisavam lutar para garantir justiça e democracia”, ela disse.