Como fazer, produzir e viver de Rock em BH é o tema que reúne neste sábado, 3, os músicos Marcelo Dolabela e Thiakov Davidovic, no Café Controverso do Espaço do Conhecimento UFMG. Líder do grupo Divergência Socialista, Dolabela avalia que o cenário do Rock atingiu um caráter empreendedor enquanto se modernizava, passando a exigir cada vez mais dos artistas. “Assim como o futebol e o cinema, o Rock também virou indústria pesada. Até a banda mais alternativa utiliza recursos de marketing e estratégias de distribuição”, observa. Segundo ele, existem artistas que têm também trabalhos completamente fora da área da música. “Aquele roqueiro que só tem uma atividade está um tanto quanto superado”, afirma. De acordo com o compositor e produtor musical, Thiakov, essa multifuncionalidade é o segredo do sucesso de quem se propõe a viver do Rock nos dias de hoje. “Tem caras que conseguem fazer produção executiva, administração da banda e tocar, tudo ao mesmo tempo. É essa moçada que mais tem conseguido fechar shows dentro e fora do país, mesmo que a princípio nem ganhem por isso”, conta o músico, que já produziu nomes como Dead Lover’s, Graveola e o Lixo Polifônico e Laura Lopes. Para Dolabela, entretanto, independentemente das estratégias mercadológicas adotadas ou do perfil dos próprios músicos, a essência do Rock permanece a mesma: “com a cara que tiver, com a roupa que vestir, com a causa que defender, o Rock será sempre primitivo e sempre utópico. Sempre tribal e sempre do contra”, conclui. O Café Controverso Como fazer, produzir e viver de Rock em BH integra as atividades do Rock no Circuito, evento de programação inteiramente gratuita que ocorre nas instituições do Circuito Cultural Praça da Liberdade, com realização do grupo Circuito do Rock. Mais informações no site do Espaço do Conhecimento UFMG. (Com Assessoria de Comunicação do Espaço do Conhecimento UFMG)