A terceira edição do Colóquio Ibero-americano Paisagem Cultural, Patrimônio e Projeto, que será realizado entre 15 e 17 de setembro, recebe propostas de trabalhos até 25 de junho. Inscrições de ouvintes também já estão abertas, e devem ser feitas pelo site www.forumpatrimonio.com.br/paisagem2014/. O objetivo do encontro é aprofundar discussões e propiciar avaliação das diversas dimensões da ideia da paisagem cultural – conceito, metodologia e projeto –, além de suas implicações para as políticas de valorização e intervenção. Conferências, mesas-redondas e comunicações vão seguir três eixos temáticos: a construção do conceito de paisagem cultural, a partir das relações com patrimônio, geografia, arte e arqueologia; tipologias e instrumentos, envolvendo espaço urbano, rotas culturais, paisagens rurais, industriais e da mineração; e estratégias de preservação e intervenção. ‘Conceito poderoso’ Ele lembra que o reconhecimento pela Unesco, em 2012, do Rio de Janeiro como patrimônio da Humanidade na categoria de paisagem cultural foi um marco mundial, porque foi a primeira grande cidade a merecer o título, antes outorgado a pequenas aldeias, por exemplo. Além de pesquisadores de países como Espanha, Portugal, Itália e Colômbia, Castriota destaca a presença no colóquio da japonesa Nobuko Inaba, da Universidade de Tóquio. “Ela vem nos mostrar a visão oriental de paisagem cultural, caracterizada por historicamente não fazer distinção entre natureza e cultura.” A organização prevê a participação de 250 pessoas no colóquio, que é promovido pela UFMG, pela Universidad Politécnica de Madrid, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPhan), pelo Instituto de Estudos de Desenvolvimento Sustentável (Ieds) e pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha). Outras informações pelo telefone (31) 3409-8820.
A ideia de paisagem cultural foi consagrada pela Unesco em 1992 e regulamentada no Brasil em 2009. Segundo o professor Leonardo Castriota, da Escola de Arquitetura da UFMG, hoje é grande a preocupação de se preservar a paisagem que relaciona elementos naturais, culturais e imateriais. “É um conceito poderoso, que articula diversas instâncias, antes tratadas como estanques. O colóquio vai tratar do alcance, das perspectivas e modificações provocadas pela valorização da paisagem cultural”, diz Castriota.