A Reitoria da UFMG determinou rigorosa apuração do episódio que resultou na depredação do saguão do prédio na tarde deste sábado, 21 de junho, e a alegação de que teria havido força excessiva por parte de integrantes do corpo de segurança que faz a guarda patrimonial da instituição. Remanescente de uma manifestação iniciada em 6 de junho, e que em 13 de junho decidiu pela desocupação do prédio, o grupo, formado por menos de uma dezena de manifestantes, não teve permissão para alcançar a cerca que delimita o campus com a avenida Abraão Caram. Diante disso, o grupo enfrentou os seguranças da UFMG. A alegação de que teria havido abuso por parte da segurança é firmemente negada pela Pró-Reitoria de Administração. Ao retornarem para o saguão da Reitoria, os ocupantes iniciaram depredação do patrimônio da Universidade. Vidros, câmeras internas do saguão e peças do mobiliário foram danificados, além de pichações nas paredes. O prejuízo ainda não foi calculado. O episódio ocorreu em um momento em que a Universidade aguardava o posicionamento dos ocupantes do movimento em relação à solicitação de imediata desocupação do local, feita na última terça-feira. Em carta encaminhada aos ocupantes do espaço, o reitor e a vice-reitora reafirmaram o compromisso da gestão de manter o diálogo permanente com toda a comunidade, segundo os princípios de que a Universidade deve se pautar pelo interesse público, pelo respeito à diversidade e à diferença e pelo compromisso com a gestão colegiada. A Reitoria entende que a manutenção da ocupação, diante de todos os esforços de diálogo, contradiz o espírito democrático da Universidade. Diálogo Diante do fato de que algumas das reivindicações desse grupo ferem os marcos legais e outras estão contempladas nas propostas desta gestão, foi solicitado que os manifestantes procedessem à imediata desocupação do saguão. O reitor Jaime Ramírez afirma que “esta Reitoria jamais se furtou ao diálogo e reitera sua permanente disposição para o debate com a comunidade universitária nos espaços de discussão legitimamente constituídos desta instituição”.
No dia 13 de junho, após assembleia, manifestantes, que desde 6 de junho acampavam no saguão da Reitoria, decidiram encerrar a ocupação. Entretanto, quatro manifestantes permaneceram no local. Uma nova pauta de reivindicações desse grupo foi apresentada, por solicitação da Reitoria, na última terça-feira. Os pontos levantados foram apreciados e respondidos.