O Café Controverso deste sábado, dia 19, aborda o tema Anarquismo: políticas libertárias e práticas horizontais. O objetivo é resgatar as raízes históricas dessas ideias e refletir sobre sua apropriação pelos atuais movimentos sociais. Participam do evento, promovido pelo Espaço UFMG do Conhecimento, Thiago Miranda, do Coletivo Mineiro Popular Anarquista (Compa), e Paulo Rocha, membro do Coletivo [Conjunto] Vazio e participante da Assembleia Popular Horizontal. O evento será às 11h, na cafeteria do museu, com entrada gratuita. Segundo Thiago Miranda, ideias de horizontalidade defendidas por grupos de ação direta, muitas vezes anunciadas como novidades, são em sua maioria releituras de movimentos do passado, como a Primeira Internacional dos Trabalhadores, ocorrida em 1864. Para ele, embora abraçadas pelos anarquistas, essas teses não são propriedade desses grupos, devido ao seu caráter plural e universal. "São ideias do mundo", resume. Apesar de identificar avanços no uso desses conceitos por diversos movimentos sociais, Paulo Rocha é cauteloso em relação aos seus desdobramentos. Em sua visão, ainda que os grupos que protagonizaram as manifestações do ano passado tenham disseminado o método da ação direta, resultando em mobilizações populares sem mediação de grupos políticos tradicionais, houve um nítido aumento da repressão, que atinge não só os manifestantes, mas também o cotidiano das pessoas não militantes. Mais informações podem ser obtidas no site do Espaço. (Com Assessoria de Imprensa do Espaço de Conhecimento UFMG)