Apesar de serem minoria nas ruas de Belo Horizonte – 13% de uma população estimada em 1,8 mil pessoas –, as mulheres são mais vulneráveis a agressões de toda natureza. De acordo com o Censo de População em Situação de Rua, a violência sexual é nove vezes mais frequente em mulheres do que em homens. De acordo com a pesquisa, 36% já sofreram esse tipo de abuso. Com o tema Mulheres em situação de rua, o Café Controverso deste sábado, 26 de julho, no Espaço do Conhecimento UFMG, recebe Anita Gomes dos Santos e Fárnia Michely Ferreira do Nascimento. As convidadas já viveram nas ruas e vão relatar suas experiências. A conversa, mediada por Egídia Maria de Almeida, integrante do Fórum da População de Rua de Belo Horizonte, começa às 11h, na cafeteria do Espaço (Praça da Liberdade, 700). A entrada é gratuita. Machismo Para ela, o machismo também se apresenta como um fator decisivo nos desafios enfrentados por essas mulheres. “Muitas vezes, elas precisam permanecer com um companheiro para se protegerem, mesmo que sejam violentos e agentes de abusos. As vivências da homossexualidade e das oportunidades de trabalho também se tornam ainda mais complicadas nesse contexto”, afirma Egídia. Mais informações na página do Espaço do Conhecimento.
“Essa vulnerabilidade tem muito a ver com a relação das mulheres com o próprio corpo. Ser mulher e estar em situação de rua implica diversos incômodos ligados à saúde, à maternidade e aos riscos de abuso”, reflete Egídia de Almeida.