De acordo com Altamiro Bessa, os projetos turísticos estão, cada vez mais, se transformando em estratégias políticas: governos investem recursos na reconstrução de paisagens, criando ou modificando a imagem urbana de determinada localidade com o objetivo de torná-la atrativa para empresas, investidores e turistas. “Hoje, não é mais o Estado o grande produtor das novas paisagens turísticas. As grandes corporações e organizações é que ditam e comandam o processo de transformação das localidades, e cabe aos governos o papel de executar diretamente essa transformação ou permitir que elas aconteçam”, explica o professor. Na tentativa de mensurar a influência da indústria do turismo em obras públicas e as consequências dessas obras para as cidades, os autores relatam casos de mudanças feitas com finalidade turística, como a construção dos destinos internacionais de Barcelona, Cingapura e Dubai, e as experiências de Belo Horizonte e do Rio de Janeiro como sedes da Copa do Mundo de futebol deste ano e das Olimpíadas de 2016, respectivamente. A Biblioteca Pública Luiz de Bessa integra o Circuito Praça da Liberdade, região central de Belo Horizonte. Mais informações pelo telefone (31) 3269-1218.
Desnudar as construções de diversas ordens utilizadas para a venda das cidades por meio da indústria do turismo. Essa é a proposta de obra escrita a quatro mãos pelos professores Altamiro Sérgio Mol Bessa, da Escola de Arquitetura da UFMG, e Lúcia Capanema Álvares, da Universidade Federal Fluminense (UFF). O livro A construção do turismo (editora C/Arte) será lançado no dia 9 de agosto, às 9h30, na Biblioteca Pública Luiz de Bessa.