Coletânea com participação de 60 autores, Dimensões políticas da justiça trata de aspectos teóricos do tema da justiça na sociedade contemporânea – incluindo a importância da política para a justiça e vice-versa – e a experiência da sociedade com a justiça (judicialização, desempenho do sistema, prática constitucional). Além disso, alguns capítulos mostram de que modo as diversas expressões culturais abordam a justiça. A organização da obra está vinculada à atuação do Observatório da Justiça Brasileira e do Centro de Referência do Interesse Público (Crip). Na primeira etapa do prêmio Jabuti, que chega a sua 56ª edição premiando em 27 categorias, foram selecionadas dez obras em cada categoria. Na segunda fase, com apuração prevista para 16 de outubro, serão escolhidos os vencedores, que serão premiados em 18 de novembro.
Pesquisadores e professores da Fafich são responsáveis por mais duas obras incluídas entre os finalistas do Prêmio Jabuti 2014, desta vez na categoria Ciências Humanas: O mapa que inventou o Brasil (Versal Editores), de Júnia Ferreira Furtado, do Departamento de História, e Dimensões políticas da justiça (Civilização Brasileira), organizado por Fernando Filgueiras, Juarez Guimarães, Leonardo Avritzer (Ciência Política), Heloisa Starling (História) e Newton Bignotto (Filosofia).
A obra da professora Júnia Furtado conta a história de mapas da América do Sul produzidos, na primeira metade do século 18, pelo geógrafo francês Jean-Baptiste Bourguignon D’Anville. Encomendado pelo governo português, o trabalho acabou sendo preterido em negociações com a Espanha, mas foi especialmente significativo para a discussão de grandes questões científicas da época, como as que envolviam o formato da Terra e as medidas de longitude. A professora empreendeu grande parte da pesquisa com apoio do Instituto de Estudos Avançados Transdisciplinares (Ieat), da UFMG.