O mundo sobre o papel é derivado da exposição No rastro de Colombo – Livros e estampas de Antuérpia no mundo inteiro, organizada por Eddy Stols, da Universidade Católica de Louvain, no Museu Plantin-Moretus (Antuérpia, Bélgica). A obra é a primeira versão brasileira e conta com organização de Júnia Ferreira Furtado, professora do Departamento de História da UFMG, Iris Kantor, professora da USP, Eddy Stols e Werner Thomas, da Universidade de Louvain. A obra explora circulação e intercâmbio da Casa Plantin-Moretus, casa editorial do século 16 que hoje abriga o Museu, nos diferentes domínios de influência dos impérios ibéricos. A Casa se destacou, por exemplo, pela produção da Bíblia Poliglota, cujos oito volumes infólio – o último veio à luz em 1573 – continham versões do texto bíblico em latim, grego, hebreu, caldeu e siríaco. A editora se caracterizou também pela importância dada à produção das imagens. O livro é produto do intercâmbio realizado desde 2010 para a realização da exposição Plantin & Craesbeeck: um mundo sobre o papel, que será montada em São Paulo e Belo Horizonte, com apoio do Consulado da Bélgica em São Paulo. Um mundo sobre papel – Livros, gravuras e impressos flamengos nos impérios português e espanhol (séculos XVI–XVIII) As quatro partes do mundo – História de uma mundialização (Com assessoria de imprensa da Editora UFMG)
Lançamentos recentes da Editora UFMG na área de História, os livros O mundo sobre papel: livros, gravuras e impressos flamengos nos impérios português e espanhol (séculos XVI a XVIII) e As quatro partes do mundo – História de uma mundialização, têm em comum o expansionismo de Portugal e Espanha, seguindo sobretudo uma perspectiva cultural. As obras são coedições com a Editora da Universidade de São Paulo (Edusp).
Expansionismo cristão
O historiador e crítico francês Serge Gruzinski é o autor de As quatro partes do mundo, que abarca a “ambição da monarquia católica (1580-1640)”, ou seja, o expansionismo cristão dos espanhóis e portugueses que confrontou diversos povos com formas de pensamento e poder que lhes eram totalmente estranhas. A tese de Gruzinski é de que o início dos tempos modernos não foi decidido apenas com base nas técnicas e na economia, mas também nas crenças e nos imaginários.
Werner Thomas; Eddy Stols; Iris Kantor; Júnia Furtado (org.)
Editora UFMG e Edusp
584 páginas / R$ 140
Serge Gruzinski
Editora UFMG e Edusp
576 páginas / R$140