O livro de Júnia Furtado conta o processo de produção de mapa da América do Sul, elaborado na primeira metade do século 18, pelo geógrafo francês Jean-Baptiste Bourguignon D’Anville. Encomendado pelo governo português, o trabalho acabou sendo preterido em negociações com a Espanha, mas foi especialmente significativo para a discussão de grandes questões científicas da época, como as que envolviam o formato da Terra e as medidas de longitude. A professora empreendeu grande parte da pesquisa – apresentada como tese de titularidade – com apoio do Instituto de Estudos Avançados Transdisciplinares (Ieat), da UFMG. O livro de arte, de 452 páginas, foi produzido como resultado do prêmio Clarival do Prado Valladares, da Odebrecht. A tese deu origem também ao livro Oráculos da geografia iluminista (Editora UFMG), de viés mais acadêmico e que aborda sobretudo o contexto político, diplomático e científico da produção do mapa. Leia reportagem do Boletim UFMG. Júnia Furtado afirmou que vencer o Jabuti ajuda a coroar uma carreira construída na UFMG. “O prêmio é também para a Universidade, que sempre apoiou integralmente meu trabalho.” A obra, de 2.380 páginas, tem como coordenadores científicos Gilmar Mendes, ministro do Supremo Tribunal Federal, José Gomes Canotilho, da Universidade de Coimbra (Portugal), Ingo Wolfgang Sarlet, da PUC-RS, e Lenio Luiz Streck, da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos). A solenidade de premiação será no dia 18 de novembro.
O livro O mapa que inventou o Brasil (Versal Editores), da professora Júnia Ferreira Furtado, do Departamento de História da UFMG, é o vencedor do Prêmio Jabuti 2014, na categoria Ciências Humanas. Na categoria Direito, Comentários à Constituição do Brasil, que tem entre seus autores quatro professores da Faculdade de Direito, ficou em segundo lugar. A obra é coeditada pela Saraiva (Brasil) e pela Almedina (Portugal).
Direito
Os professores Léo Ferreira Leoncy – que é também coordenador executivo da edição de Comentários à Constituição do Brasil –, Marcello Cattoni, Luciano Ferraz e Dierle Nunes se juntaram a outros 131 especialistas de quase todos os estados do país em processo de produção que durou cinco anos. Os capítulos seguem uma estrutura analítica comum: comentam a Constituição de 1988 com base em referências à história das Cartas brasileiras, a constituições estrangeiras, à jurisprudência dos tribunais superiores e à doutrina, em âmbito nacional e internacional.