O Centro de Tecnologia em Nanotubos de Carbono (CT-Nanotubos) lança nesta quarta-feira, 5, o projeto de sua sede que será construída no Parque Tecnológico de Belo Horizonte (BH-Tec). Promover um salto na produção nacional de nanotubos de carbono e o avanço de pesquisas relacionadas ao uso desse insumo é o objetivo do CT, fruto de arranjo entre a UFMG e empresas. Com presença do reitor Jaime Ramírez, será realizada mesa-redonda para apresentação do projeto, financiado pelo Fundo Tecnológico (Funtec), do BNDES, pela Petrobras e pela InterCement, holding do Grupo Camargo Corrêa para os negócios do setor de cimento, com apoio ainda da Fapemig e da Fundep. Sob coordenação dos professores Marcos Pimenta e Glaura Goulart Silva, ambos do Instituto de Ciências Exatas da UFMG, o CT-Nanotubos visa produzir em grande escala o insumo, que hoje é importado. Outro objetivo do projeto é a produção de nanocompósitos poliméricos que utilizam nanotubos de carbono e grafite esfoliado, buscando desenvolver polímeros avançados que possam ser empregados, por exemplo, em explorações de plataformas marítimas. O lançamento do CT-Nanotubos será realizado no auditório do BH-Tec, localizado na Rua Professor José Vieira de Mendonça, 770, bairro Engenho Nogueira, em Belo Horizonte. Aberta ao público, a cerimônia terá início às 11h. Para que servem os nanotubos de carbono Grande parte da produção mundial desse material se destina ao revestimento de carcaças plásticas de componentes eletrônicos. A página eletrônica do INCT Nanomateriais de Carbono informa que, desde a década de 1980, fração considerável da pesquisa em nanociência esteve associada à descoberta, à caracterização e à funcionalização desse tipo de material. E cita como fatos relevantes na área a descoberta dos fulerenos, em 1985, dos nanotubos, em 1992, a produção do grafeno, em 2004, e das nanofitas de grafeno, em 2008. Leia matéria publicada no Boletim UFMG, em 2013, sobre o CT-Nanotubos.
A aplicação industrial dos nanotubos alcança as áreas de energia, eletrônica, medicina e indústrias química e petroquímica. Com estrutura cilíndrica formada por átomos de carbono, essas moléculas possuem diâmetro que corresponde à bilionésima parte do metro (um nanômetro). Essa característica lhe assegura propriedades diferenciadas quanto à resistência mecânica e à condutividade elétrica e térmica. A simples adição de 0,5% de nanotubos em determinados materiais pode aumentar sua resistência em até 20 vezes.