Com o objetivo de refletir sobre a prática da prostituição e sensibilizar a sociedade para o combate ao estigma e ao preconceito, a Escola de Enfermagem da UFMG e a Pastoral da Mulher de Belo Horizonte vão realizar, de 18 a 20 de novembro, o seminário Diálogos pela Liberdade: prostituição e corporeidade. O evento, gratuito, é vinculado ao projeto de extensão Práticas Educativas na Atenção à Saúde de Mulheres. As inscrições podem ser feitas até dia 17. De acordo com a coordenadora do projeto, professora Eliana Aparecida Villa, o trabalho educativo feito com as mulheres em situação de prostituição procura valorizar a importância do autocuidado e exaltar os valores individuais, com intuito de melhorar a qualidade de vida e incutir a responsabilidade do sujeito pela própria saúde. A professora ressalta a importância do evento no sentido de ampliar o debate sobre a situação da prostituição no Brasil e em Belo Horizonte, destacar a necessidade de atenção à saúde das mulheres e analisar criticamente o estigma e o preconceito. O seminário contará com exposições de especialistas com experiência teórica e prática na área, mesas-redondas, projeção de documentário e debates, além de programação cultural.Confira a programação. Não é necessária a realização de inscrições. Para emissão de certificado será cobrada taxa de R$ 5. Sobre a Pastoral De acordo com o coordenador José Manuel Uriol, o trabalho é pautado em uma proposta pedagógica que contempla etapas adaptadas à realidade de cada mulher. A atuação cria meios de aproximação e sensibilização das mulheres, com a intenção de ajudá-las a pensar e intervir sobre suas próprias condições de vida. A Pastoral promove palestras, rodas de conversa, oficinas, atendimento jurídico e psicológico e cursos de capacitação e formação – todas as atividades são gratuitas. (Com Assessoria de Comunicação da Escola de Enfermagem)
Segundo José Manuel Uriel, coordenador da Pastoral da Mulher de Belo Horizonte, o diálogo abre espaços para debater a necessidade de políticas públicas que beneficiem as prostitutas.
A Pastoral da Mulher de BH, apoiada pelo Instituto das Irmãs Oblatas e inserida na Rede Oblata de Pastoral, desenvolve seu trabalho no hipercentro de Belo Horizonte, onde vivem e ganham a vida cerca de 2.500 mulheres exercendo a prostituição.