A Biblioteca Central da UFMG, no câmpus Pampulha, recebe, até 15 de dezembro, a exposição Ressignificações (livros, homens, animais e coisas), com obras de Miguel Gontijo. Na exposição, páginas de enciclopédias são usadas como telas para o trabalho do artista plástico. Ainda integram a mostra 15 telas que dialogam com as grandes navegações e descobrimentos dos séculos 16 e 17. A mostra também recria um ambiente laboratorial de ciências biológicas por conta da apropriação que Gontijo faz em suas telas de elementos dessa área, tais como animais, pássaros, folhas de árvores e partes de esqueletos. “É nesse ambiente efervescente que todos esses elementos reprocessados, na inquieta e fervilhante imaginação e mente do pintor, podem descortinar, para alguns admiradores, situações que provocarão surpresa, prazer, admiração, êxtase e, em outros, desalento, estranheza, desconforto e até perplexidade”, afirma o curador da exposição, professor Paulo da Terra Caldeira. Miguel Gontijo, que também é historiador e filósofo, recebeu em 2011 o Prêmio Mário Pedrosa, da Associação Brasileira de Críticos de Arte, em reconhecimento ao seu trabalho e à contemporaneidade de sua linguagem. A exposição Ressignificações (livros, homens, animais e coisas) poderá ser visitada de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 22h, no saguão da Biblioteca Central.