Luiza Ananda/UFMG |
Em conferência realizada durante o lançamento do Programa de Embaixadores Universitários da França, na tarde de hoje, na sede da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), a vice-reitora Sandra Goulart Almeida destacou que a iniciativa é importante fator de estreitamento dos laços da UFMG com o país europeu. “Até então, apenas o Ciência Sem Fronteiras [programa de intercâmbio de universitários brasileiros] promovia a interação de nossos estudantes com a França. Com o programa de embaixadores, nossa presença na França tende a se ampliar", disse ela, ao afirmar que, por atuarem na esfera pública, a UFMG e as instituições francesas participantes têm muitos interesses em comum. O programa é desenvolvido pela embaixada francesa, em parceria com a Uniminas – consórcio que reúne 11 universidades federais, duas universidades estaduais, o Cefet e a PUC Minas – e com o Campus France, agência oficial de informação e orientação sobre estudos na França. Aos embaixadores – estudantes de graduação das instituições que integram a Uniminas – caberá a divulgação da cultura francesa e de informações sobre o sistema educacional no país europeu. Retrospectivas e perspectivas Ainda de acordo com Raquel Santini, a ampliação dos convênios envolvendo estudantes brasileiros de Agronomia, Veterinária, Zootecnia e Engenharia de Alimentos está entre os objetivos imediatos nesse campo. Em nome dos reitores das instituições brasileiras que compõem a Uniminas, o representante da UFU, professor Elmiro Santos Resende, tornou públicas algumas solicitações feitas à embaixada francesa, referentes, especialmente, a ações de estímulo à criação de oportunidades de estágios industriais para os graduandos brasileiros. Para a presidente do programa de embaixadores, Rita Louback, houve significativo desenvolvimento da cooperação entre instituições brasileiras e francesas desde o surgimento da Uniminas, criada para incrementar as ações de internacionalização das universidades parceiras. Ela identificou a expansão do ensino do idioma francês entre estudantes brasileiros como prioridade para que a colaboração se efetive. “Após concluir curso básico de Francês, os universitários são certamente capazes de, com um mês de imersão no país, atingir o nível de autonomia exigido pelas universidades francesas”, disse. O conselheiro de cooperação e ação cultural da Embaixada da França, Jean-Paul Rebaud, acrescentou que a maioria dos brasileiros que ingressam em universidades francesas conseguem plena integração “humana, cultural e acadêmica” e informou que a embaixada encaminhou a contratação de 20 assistentes de língua francesa, entre mestrandos e doutorandos nativos, para auxiliar os universitários brasileiros no aprendizado do idioma. A cerimônia foi encerrada pelo Embaixador da França no Brasil, Dennis Pietton.
A diretora de relações internacionais e interinstitucionais da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Raquel Santini, falou sobre história e perspectivas de parcerias entre universidades mineiras e francesas. Ela revelou que Minas Gerais é o segundo estado brasileiro com maior número de estudantes enviados à França.