Termina nesta sexta-feira, 28, o colóquio Aleijadinho – o artista e sua época, cuja programação, que ocorre no câmpus cultural da UFMG em Tiradentes, marca o bicentenário da morte do escultor mineiro. O evento que começou na última quarta, 26, também tem o objetivo de incrementar as ações da Universidade na cidade histórica.
No último dia do evento, que conta com a presença da vice-reitora Sandra Goulart Almeida, a programação começa às 14h, quando a relação entre a religiosidade do barroco mineiro e Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, será discutida em palestra de Glória Maria Ferreira Ribeiro, professora da Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ).
Em seguida, às 15h, o professor Magno Moraes Mello, do Departamento de História da Fafich, ministrará a palestra Enganar o olho e provocar os sentidos: a falsa arquitetura na decoração de Manuel da Costa Ataíde. As duas palestras serão seguidas de debate.
O encerramento da programação será a partir das 20h, na Matriz de Santo Antônio, com concerto de órgão de Elisa Freixo, uma das mais importantes organistas do Brasil, que vive em Tiradentes.
O colóquio
O evento procurou explorar não só a vida e a obra de Aleijadinho, mas também a recepção de seu trabalho ao longo dos anos e o ambiente cultural em que ele produziu suas obras. A atividade integrou a Semana do Aleijadinho, promovida anualmente pelo Museu Aleijadinho de Ouro Preto.
Neste ano, o bicentenário da morte do escultor motivou a ampliação da 37ª edição da semana, que promoveu atividades também em Belo Horizonte, Congonhas, Mariana, Sabará, São João del-Rei e Tiradentes, cidades onde há obras de Aleijadinho. A programação incluiu palestras, concertos, debates, conferências, lançamento de livros, exibição de documentário e visitas guiadas por Tiradentes.
Mais informações sobre o colóquio podem ser obtidas no site oficial.
O câmpus cultural
Sediado em Tiradentes, o câmpus cultural é composto de quatro prédios históricos: o Museu Casa Padre Toledo, as antigas Câmara Municipal e Cadeia Pública e o Centro de Estudos, Galeria e Biblioteca Miguel Lins, que pertencem à Fundação Rodrigo Mello Franco de Andrade (FRMFA), controlada pela Universidade desde 2008.
A implantação do câmpus teve início em 2012 com a reinauguração do Museu Casa Padre Toledo. Em setembro deste ano, um museu de arte sacra que reúne imagens de Sant’Ana produzidas por artistas anônimos entre os séculos 17 e 19 foi instalado no edifício que abrigou a cadeia pública da cidade.
O projeto do câmpus cultural inclui ainda a instalação de uma biblioteca sobre o século 18 no prédio da Câmara, um centro de experimentação para a produção de conteúdos culturais e didáticos multimidiáticos no Centro de Estudos.
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