Fotos: Foca Lisboa/UFMG |
O reitor Jaime Ramírez e a vice-reitora Sandra Goulart Almeida se reuniram, na manhã desta segunda-feira, 30, em um café com parlamentares que integram a bancada mineira na Câmara dos Deputados. Realizado na Sala de Sessões da Reitoria, o encontro é parte do processo de reaproximação entre a UFMG e os deputados e senadores que representam Minas Gerais no Congresso Nacional. O reitor Jaime Ramírez ressaltou a importância do evento para possibilitar que a educação seja tratada de forma diferenciada pela esfera governamental em momentos de crise. “Nossa intenção é recuperar a dimensão da educação como um bem público. Nesse sentido, a Frente Parlamentar tem uma missão: que todos os parlamentares, independentemente de partidos, abracem essa causa. Em um ano de dificuldade financeira, esperamos que a área não sofra com a restrição orçamentária”, afirmou o reitor. O presidente da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, deputado Saraiva Felipe, ressaltou a importância da interface entre a Universidade e os políticos que representam o Estado em Brasília. “Nessa situação de crise por que passa a área da educação, essa interface é algo muito importante. Em Brasília, tenho estado atento às questões universitárias. Este encontro é uma boa oportunidade para ouvir as demandas das instituições”, ressaltou o deputado, que é professor licenciado do Departamento de Medicina Preventiva e Social da Faculdade de Medicina da UFMG, no qual ingressou em 1978. “Assumi a Comissão já com muitos problemas. As instituições federais de ensino superior têm reclamado não apenas de cortes em torno de 30% dos recursos para custeio de gastos referentes a 2015, mas também de contas não pagas de 2014. Estamos esperando o QDD [Quadro de Detalhamento de Despesas], que vai deixar claro onde foram feitos os cortes e que tipo de repercussão terão em relação às universidades e ao ensino. Será um ano de muito trabalho e diálogo”, avaliou Saraiva Felipe. O deputado Eduardo Barbosa frisou que a parceria entre Universidade e Legislativo deve avançar além da questão dos investimentos orçamentários. “Queremos não só contribuir com o orçamento da Universidade, mas perceber com clareza onde ela pode evoluir para o bem do nosso país e do nosso Estado”, ressaltou o parlamentar, médico formado pela UFMG. “Acredito que a Universidade rompeu, nos últimos anos, uma barreira muito grande que havia com o Legislativo. Quando isso se deu, houve ganhos para a UFMG, principalmente porque nós começamos a nos envolver com os problemas que ela enfrenta, incluindo emendas no orçamento para agilizar a implantação de avanços e inovações que o orçamento previsto não consegue contemplar”, avaliou. Eduardo Barbosa lembrou que a UFMG também pode contribuir com a atuação parlamentar. “Em nosso trabalho, deparamos com assuntos sobre os quais não temos pleno domínio. Para lidar com eles, contamos com a ajuda da Universidade, por meio da indicação de pessoas com conhecimento técnico”, disse. Para o deputado Eros Biondini, graduado em Medicina Veterinária pela UFMG, a reaproximação da Universidade com o Congresso Nacional "beneficia todos nós mineiros e amplia nossas perspectivas". Segundo ele, a UFMG continua sendo uma referência para o Brasil e, por isso, deve ser tratada com cuidado. "Nós, que somos representantes de Minas e, consequentemente, da UFMG na Câmara, temos de estar juntos, sabendo quais são as demandas e perspectivas da Universidade", afirmou o parlamentar. A reunião também contou com a presença de representantes da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG) e dos institutos federais do Sul e do Sudeste do Estado.