Fotos de Foca Lisboa/UFMG |
A comunidade da UFMG cresceu muito nos últimos anos – em uma década, por exemplo, aumentou em cerca de 50% o número de alunos na graduação e na pós –, o que gerou ou agravou problemas relacionados a segurança, acessibilidade, mobilidade e oferta de serviços, entre outros. Diante da constatação de que é fundamental investir no planejamento dos espaços da Universidade, com foco sobretudo no médio e no longo prazos, foi criado em abril o Comitê Assessor de Gestão dos Campi. E na manhã desta terça, 5, o reitor Jaime Ramírez empossou o professor Roberto Monte-Mór, da Faculdade de Ciências Econômicas, como presidente do Comitê. “Há grande expectativa da comunidade pelo esforço de planejamento e gestão dos campi. Nosso trabalho vai envolver diagnóstico, revisão, previsão de prazos e monitoramento. Vamos buscar a contribuição dos especialistas nas diversas áreas e ouvir a comunidade”, disse Monte-Mór, que terá a seu lado na nova instância pró-reitores, diretores de unidades – incluindo a Faculdade de Medicina, representando as unidades na área central de Belo Horizonte, e o Instituto de Ciências Agrárias, em Montes Claros –, um servidor técnico-administrativo e uma estudante. O reitor Jaime Ramírez destacou que Monte-Mór, coordenador plano diretor para a região metropolitana de Belo Horizonte, “é talhado para a função e está à altura do desafio”. Ele disse também que é preciso “quebrar paradigmas quanto a aspectos como sustentabilidade e qualidade dos serviços para encontrar soluções de urbanidade e plantar sementes para as gerações futuras”. O Comitê de Gestão dos Campi é integrado ainda pelos professores Andrea Mara Macedo, diretora do Instituto de Ciências Biológicas, Graciela Ravetti de Goméz, diretora da Faculdade de Letras, Tarcizo Afonso Nunes, diretor da Faculdade de Medicina, Leonardo Tuffi Santos, diretor do Instituto de Ciências Agrárias, Hugo Cerqueira, pró-reitor de Planejamento, Mario Montenegro Campos, pró-reitor de Administração, pelo servidor Waldir de Paula Martins, motorista da Pró-reitoria de Extensão, e pela doutoranda da Escola de Arquitetura Clarice de Assis Libânio. Ele defendeu a articulação da mobilidade interna com o transporte público municipal e o incentivo à utilização de meios alternativos, como a bicicleta, ressaltando que é preciso oferecer condições nos campi para a opção de estudantes, trabalhadores e visitantes por outros modais. O presidente do Comitê de Gestão pregou ainda um trabalho de integração entre as construções e delas com a natureza. A gestão ambiental é crucial, segundo Monte-Mór, que destacou também a oportunidade de utilizar os esforços de planejamento e execução para a formação de estudantes. “Os jovens estão muito atentos e integram de forma ativa o celeiro de ideias que é a UFMG”, afirmou. “O objetivo é promover melhores relações das pessoas com os outros e com o ambiente”, afirmou Ramírez, que anunciou a questão da segurança como “prioridade zero” do comitê e garantiu a realização de audiências públicas e pesquisas eletrônicas para manifestações de servidores e alunos, principalmente quando se tratar de assuntos que digam respeito a todos os membros da comunidade.
Inserção na cidade
Monte-Mór [foto] lembrou que os campi não são mais isolados como algumas décadas atrás e que, por isso, é preciso mudar a forma de tratar esses espaços. “Os campi estão cada vez mais inseridos nas cidades e devem interagir com elas de forma positiva. Mais que isso, devemos ser um bom exemplo para a administração dos municípios”, disse o professor da Face.
Muitas das medidas a serem definidas pelo novo comitê não serão simples e demandarão tempo, segundo o reitor Jaime Ramírez [foto]. Também por isso, ele espera a participação efetiva de toda a comunidade e lembrou que a universidade dispõe de massa crítica para a elaboração das melhores propostas.