Política e estética das imagens contemporâneas serão discutidas em colóquio da Comunicação

Belo Horizonte sediará, de quarta, 24, a sexta, 26, a quarta edição do Colóquio Internacional Cinema, Estética e Política, com o tema Ver, viver em comum. A programação deste ano ocorrerá no Cine 104, totalmente gratuita e aberta ao público. A promoção é do grupo de pesquisa Poéticas da Experiência, do Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social da Fafich.

O encontro reunirá pesquisadores de nove universidades brasileiras, da Universidade de Montreal (Canadá), da Pontifícia Universidade Católica do Equador e da Universidade de Harvard. Trata-se de estudiosos de cinema e fotografia, comunicação, antropologia, etnomusicologia, arquitetura e urbanismo que se dedicam aos aspectos políticos e estéticos das imagens contemporâneas, caracterizadas por conflitos, desigualdades e pontos de vista inconciliáveis.

Além dos debates, a programação contará com mostra de filmes que começa amanhã, 23, às 19h. O filme que abre a série é Curadores da terra-floresta, dirigido pelo yanomami Morzaniel Iramari. A obra narra reunião de xamãs Yanomami de diversas regiões, promovida por Davi Kopenawa, com o propósito de curar a terra. Com a ajuda do alimento dos espíritos, o rapé yakoana, eles tratarão os males provocados pelas cidades e doenças dos brancos.

Da quarta-feira, 24, em diante, a mostra terá inicio às 21h. No dia, serão exibidos Caçando capivara, que retrata a forma como os caçadores Tikmu’un, com seus cães e espíritos aliados, saem à caça do animal. O filme tem direção coletiva de Derli Maxakali, Marilton Maxakali, Juninha Maxakali, Janaina Maxakali, Fernando Maxakali, Joanina Maxakali, Zé Carlos Maxakali, Bernardo Maxakali e João Duro Maxakali. Já o filme Nada é , de Yuri Firmeza, exibe um retrato de Alcântara, no Maranhão, por meio da tradicional Festa do Divino Espírito Santo, realizada todo ano, 40 dias depois da Páscoa.

“O Colóquio busca discutir a questão política das imagens no espaço público na cidade, especialmente no cinema indígena, para entender a maneira como elas participam da constituição de uma vida em comum", explica o professor César Guimarães, do Departamento de Comunicação Social da UFMG e coordenador do evento.

O Espaço 104 fica na Praça da Estação, 104, no centro de Belo Horizonte. A programação da mostra e dos debates está disponível no site do evento.