A UFMG ocupa a 41ª posição entre as universidades dos países que compõem o bloco Brics – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul –, segundo ranking divulgado nesta quarta-feira, 8, pela Quacquarelli Symonds (QS), empresa de consultoria britânica especializada em avaliações da educação superior. Entre as brasileiras, a UFMG está na sexta posição. A classificação analisa oito indicadores, que têm pesos diferenciados: reputação acadêmica, reputação junto a empregadores, proporção de estudantes por professor, qualificação dos docentes, publicações, citações, número de docentes e de alunos estrangeiros. De acordo com o pró-reitor de Graduação, Ricardo Takahashi, a versão 2015 do ranking QS Brics “mostra uma fotografia muito parecida com a dos anos anteriores”. Ele comenta que a UFMG subiu uma posição, ultrapassando a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), mas que a mudança de um degrau expressa apenas a continuidade da posição anterior, que era de empate técnico, pois se trata de 0,3 pontos numa escala de zero a 100. “Essa variação é esperada, pois é natural que índices como totais de publicações e de citações variem de um ano para outro, naturalmente, sem que haja nenhuma mudança estrutural numa instituição”, analisa. Para Takahashi, esse ranking revela a manutenção da posição relativa das universidades, o que seria previsto com base em critérios que já vêm sendo acompanhados há algum tempo. Professor do Departamento de Matemática, Takahashi ressalta que indicadores como número de publicações e de citações, qualificação dos docentes e reputação acadêmica não mudam subitamente. “Dado que uma universidade tome a decisão de melhorar sua posição e aplique uma política bem-sucedida de evolução nesses indicadores, os resultados aparecem em um horizonte de uma ou duas décadas”, comenta. E destaca que a posição da UFMG em 6º lugar no cenário brasileiro “é fruto de um trabalho institucional de décadas e reflete aquilo que a Universidade vem fazendo há gerações de professores”. Takahashi esclarece que os diversos rankings “têm certa comparabilidade” e que o QS Brics “traz uma confirmação extra de uma informação que já vem sendo reiteradamente apontada por diversas fontes independentes”. As instituições brasileiras que aparecem no ranking à frente da UFMG são: Universidade de São Paulo, Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Universidade Federal do Rio de Janeiro, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp) e Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Metodologia
De acordo com a empresa Quacquarelli Symonds, a metodologia aplicada utiliza alguns dos indicadores que geram o QS University Ranking Mundial e outros incluídos para refletir as prioridades e desafios mais específicos para as instituições dos países Brics. A intenção é avaliar o desempenho das universidades em quatro áreas principais: pesquisa, ensino, empregabilidade e perspectiva internacional.