Na manhã desta segunda, 27, os alunos estrangeiros que chegaram para cursar o segundo semestre de 2015 na UFMG foram recebidos no auditório da reitoria em uma cerimônia para a abertura da Semana do Estudante Intercambista, que segue até sexta-feira com ampla programação dedicada aos estrangeiros. O encontro foi presidido pelo professor Jaime Ramírez, reitor da Universidade, que esteve acompanhado da professora Míriam Jorge, diretora adjunta de Relações Internacionais, do professor Rodrigo Duarte, pró-reitor de Pós-graduação, e da professora Márcia Maria Lousada, coordenadora do Programa Bem-vindo. O Bem-vindo é o responsável pelo acolhimento de alunos, professores e pesquisadores estrangeiros na UFMG. Após o encontro, os alunos assistiram a uma palestra de Márcia sobre Histórias e Estórias de Belo Horizonte. A programação da Semana continua no período da tarde. No encontro com os estrangeiros, o reitor Jaime Ramírez destacou a mobilidade estudantil como uma das prioridades da Universidade, em sintonia com as políticas nacionais para a educação. “A UFMG sempre tratou a mobilidade estudantil como parte integrante da formação dos alunos, tanto de graduação quanto de pós-graduação – e, notadamente, em nível de doutorado. Por isso, estamos hoje entre as instituições brasileiras que mais enviam alunos para outros países e que mais acolhem estrangeiros”, afirmou. O reitor destacou ainda os ganhos advindos dessa experiência educacional internacional. “A mobilidade estudantil é uma oportunidade muito rica para a formação dos alunos. Ao passarem pela experiência, eles ampliam muito seus horizontes acadêmicos e culturais”, disse. A professora Márcia Maria Lousada, que é também a vice-coordenadora do curso de Turismo, lembrou que a UFMG é hoje uma das melhores universidades do mundo, colocação corroborada pelos principais rankings de avaliação do ensino superior. “E aqui entendemos a diversidade sociocultural como um dos elementos fundamentais para a continuidade do desenvolvimento da nossa própria Universidade”, salientou. Estratégia da pós Atualmente, há cerca de 45 alunos estrangeiros matriculados em cursos de pós-graduação stricto sensu da UFMG. “Mas o número exato é ainda maior, já que os programas têm empreendido políticas próprias para atrair pós-graduandos estrangeiros”, explica. Esses pós-graduandos fazem seus exames de seleção diretamente nos programas, de forma a não entrarem na contabilidade da Pró-reitoria de Pós-graduação (PRPG). “Nesse sentido, o número total é ainda maior do que esse que mencionei”, sugere Rodrigo. Multiculturalismo Míriam destaca que esses benefícios extrapolam os ganhos acadêmicos. “Há um ganho também no sentido da formação de um multiculturalismo crítico, de uma perspectiva intercultural. Os alunos aprendem a negociar em espaços em que convivem pessoas de várias origens, de vários lugares do mundo. Dessa forma, da mobilidade surgem novas propostas de produção de conhecimento e novas formas de pensar o mundo.”
Rodrigo Duarte, pró-reitor de Pós-graduação da UFMG, destacou a internacionalização como uma prioridade para os cursos de mestrado e doutorado da Universidade. “Temos empreendido várias ações para ampliar e aprofundar a internacionalização da pós-graduação. Em razão desse esforço, aumentamos em muito o número de pós-graduandos estrangeiros na UFMG desde o ano passado”, conta.
Míriam Jorge, diretora adjunta da DRI, lembra da necessidade de continuarmos investindo na mobilidade internacional. “Atualmente, só 2% da população de educação superior do mundo fazem mobilidade internacional. Então é isso que precisamos discutir atualmente: formas de promover mobilidade para esses 98% que não têm oportunidade de se valer dos benefícios da mobilidade estudantil”, diz.