Foi aberto hoje, na Faculdade de Educação, o Seminário de formação do projeto Escola da Terra: formação continuada de educadores das escolas do campo em Minas Gerais. Aberto ao público, o evento, que prossegue até quinta-feira, 3, resulta de parceria da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi) do MEC com a UFMG e a Secretaria de Educação de Minas Gerais. A cerimônia de abertura contou com participação de professores de 17 municípios mineiros que aderiram ao Escola da Terra. Um dos responsáveis pelo programa é o Núcleo de Estudos e Pesquisa em Educação do Campo da Faculdade de Educação da UFMG (Educampo). Participaram da cerimônia a pró-reitora adjunta de Extensão da UFMG, Claudia Mayorga, a coordenadora do Educampo, Maria Isabel Antunes, o vice-diretor da FaE, João Valdir Souza, o representante da Secadi, Xavier Carvalho de Souza Neto, e a representante da Secretaria de Educação de Minas, Sônia Maria Roseno, o deputado Paulo Lamac e o presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura de Minas Gerais, Vilson Luiz da Silva. Maria Isabel Antunes afirmou que o Escola da Terra é “iniciativa marcada por muita luta desde o início. É pensada pela própria comunidade, em diálogo com os saberes locais e o conhecimento acumulado, construindo projetos que consideram os movimentos sociais, os professores e as comunidades como protagonistas, na construção da proposta curricular, do projeto político-pedagógico e na definição do projeto arquitetônico da escola". Em sua quinta turma, o curso conta com mil professores-cursistas de 17 municípios mineiros, 81 tutores e 24 formadores. E, segundo Maria Isabel, está em processo de ampliação. A pró-reitora adjunta de Extensão, Claudia Mayorga, enfatizou o compromisso da UFMG com o fortalecimento do projeto. “A extensão universitária está aberta a esse diálogo com o povo do campo, com as instituições e com todos os atores da educação no campo. A extensão tem a dupla função de dialogar com a sociedade e induzir que a Universidade se articule com as diversas iniciativas”, ponderou. O coordenador do Educação no Campo, Xavier Carvalho de Souza Neto, elogiou o engajamento dos professores que participam do Escola da Terra e antecipou a ampliação do programa. "Atualmente, 13 estados participam do Escola da Terra, e já temos assegurados recursos do MEC para atender a iniciativa em 2016. Nossa expectativa é que, até 2017, todos os estados da Federação e o Distrito Federal já tenham implementado o programa. Em 2018, lançaremos um edital de mestrado em educação do campo", anunciou. Acesso e permanência Mais informações podem ser obtidas pelo telefone 3409-6346. (Com assessoria de comunicação da Pró-reitoria de Extensão da UFMG)
O Escola da Terra, iniciativa do Ministério da Educação (MEC), realizada pela Secretaria
Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi), teve início em 2013, e sete universidades federais foram selecionadas para participar de projeto-piloto: UFMG, Ufam, UFBA, UFPA, UFPE, UFRGS e UFMA. O objetivo é melhorar as condições de acesso, permanência e aprendizagem dos estudantes do campo e quilombolas em suas comunidades. O programa oferece apoio à formação de professores que atuam nas turmas dos anos iniciais do ensino fundamental formadas por estudantes de idades variadas e em escolas de comunidades quilombolas, fortalecendo a escola como espaço de vivência social e cultural.