Cátedra ibero-latino-americana recebe Alfredo Ruibal, arqueólogo do passado recente

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Expoente da arqueologia do passado recente, subdisciplina que tem contribuído com a geografia cultural, com a arte e com a filosofia ao propor novas formas de documentar os vestígios da modernidade, o professor Alfredo González-Ruibal [foto], do Instituto de Ciências do Patrimônio (Incipit), da Espanha, é o próximo convidado do Programa Cátedras de Estudos Ibero-latino-americanos. Ele participará de uma série de atividades no Brasil de 18 de setembro a 2 de outubro.

Na UFMG, a principal delas é a mesa-redonda Estudos interdisciplinares de ciências humanas em pós-colonialidade, que será realizada no dia 24 de setembro e cujo objetivo é desenvolver uma abordagem teórica sobre os efeitos políticos, filosóficos, materiais e literários, produto de séculos de relações coloniais nos países colonizados, por meio de disciplinas como arqueologia, literatura, história e antropologia.

Também participarão das discussões o professor Andrés Zarankin, coordenador do Programa de Pós-Graduação em Antropologia da Fafich e anfitrião do catedrático, os professores convidados José R. Pellini, da Universidade Federal de Sergipe, Alejandro Haber, da Universidad Nacional de Catamarca, Argentina, e o também catedrático do Ieat Joachim Michael, professor da Universität Bielefeld (Alemanha).

Aberto ao público, o evento [veja programação abaixo] terá início às 14h, no auditório T005 da Escola de Engenharia, campus Pampulha. Não é necessário fazer inscrição prévia. As Cátedras de Estudos Ibero-latino-americanos são financiadas pelo Grupo Santander e operacionalizadas pelo Instituto de Estudos Avançados Transdisciplinates (Ieat) e pela Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa (Fundep).

Sobre o catedrático
Reconhecidos internacionalmente, os estudos de Alfredo González-Ruibal estão focalizados na arqueologia do passado contemporâneo, mais especificamente nos aspectos obscuros dos séculos 20 e 21, como guerras, projetos de desenvolvimento falidos, colonialismo e totalitarismo. Atualmente, coordena projeto arqueológico sobre a guerra civil e a ditadura recente (1936-1950) na Espanha.

Ruibal também se interessa pelas estratégias materiais desenvolvidas pelas comunidades que ainda resistem (ou resistiram até há pouco tempo) à modernidade, à globalização e ao Estado. Nessa linha, conduziu pesquisas sobre sociedades não modernas na Etiópia (2001-2010) e no Brasil (2005-2008).

Conheça a programação.

14h Abertura e apresentação do Seminário – Estevam Barbosa de Las Casas, diretor do Ieat, e Andrés Zarankin, coordenador do Programa de Pós-graduação em Antropologia da UFMG

14h20 O fracasso da história e a literatura mexicana no século 20 – Joachim Michael, Universität Bielefeld, Alemanha

15h25 Para além da Vênus Negra: A descolonização da estética na modernidade – José R. Pellini, Universidade Federal de Sergipe, Brasil

16h30 Intervalo

17h Arqueologia indisciplinada y descolonización del conocimiento – Alejandro Haber, Universidad Nacional de Catamarca, Argentina

18h05 Um tempo difícil: arqueologia e modernidade – Alfredo González-Ruibal, Consejo Superior de Investigaciones Científicas, Espanha