A tese de doutorado da pesquisadora Soraia Macari, defendida no Programa de Pós-graduação em Odontologia da UFMG, foi premiada durante a 32ª Reunião da Sociedade Brasileira de Pesquisa Odontológica, realizada neste mês em Campinas. O trabalho vai concorrer, em junho de 2016, em Seul (Coreia do Sul), ao Prêmio Hatton, da Associação Internacional para a Pesquisa em Odontologia (IADR). A tese Estudo dos mecanismos envolvidos na reabsorção óssea alveolar pela deficiência de estrógeno, defendida em fevereiro na UFMG, foi orientada pela professora Tarcília Aparecida da Silva, do Departamento de Clínica, Patologia e Cirurgia Odontológicas. Soraia estudou a relação da qualidade dos ossos maxilares com os receptores alpha de estrógeno em camundongos machos e fêmeas. No estudo, foram usados animais transgênicos com deficiência no receptor alpha. Nesses camundongos, chamados de Erkoalpha, observou-se maior taxa de perda óssea na vértebra, fêmur e maxilar, o que confirma, segundo a autora, a importância do receptor "para a microarquitetura dos ossos do esqueleto". O estudo de Soraia Macari pode abrir campo de investigação para a observação das consequências odontológicas da deficiência do hormônio em humanos, melhorando a prática profissional da área. "Todo dentista deve estar ciente das condições sistêmicas de seus clientes, principalmente mulheres na pós-menopausa e homens com idade avançada, de forma a compreender melhor a qualidade de seus ossos e planejar, com maior cautela, tratamentos periodontais, implantes e uso de aparelhos ortodônticos”, sugere a pesquisadora.