O ensino de graduação da UFMG foi novamente classificado como o melhor do país entre as 192 universidades, públicas e privadas, avaliadas pelo Ranking Universitário Folha (RUF), cuja edição 2015 foi divulgada nesta segunda-feira, 14, pelo jornal Folha de S.Paulo. Na classificação geral, a UFMG é a terceira colocada – atrás da USP e da UFRJ – e aparece entre as dez primeiras em todas as outras quatro dimensões avaliadas: "mercado" (2ª), "inovação" (3ª), "pesquisa" (7ª) e "internacionalização" (9ª). Segundo o reitor Jaime Ramírez, o ranking confirma o desempenho equilibrado da UFMG em todas as dimensões acadêmicas, tanto no ensino – de graduação e de pós-graduação – quanto na pesquisa e na extensão. “Essa homogeneidade representa a força de uma universidade do porte da nossa, com atuação tão diversificada. Cumprimentamos toda a comunidade universitária (docentes, técnico-administrativos e estudantes) pelo resultado”. Para o reitor, esse desempenho não pode ser interpretado "como uma corrida com outras instituições, mas como um processo que resultou de esforço coletivo envolvendo todas as áreas do conhecimento. Nossa missão é oferecer uma formação de qualidade e contribuir para a sociedade. Cumprindo essa missão, estaremos em uma situação de destaque em qualquer avaliação”. Na classificação geral, a UFMG caiu uma posição em relação ao levantamento de 2014. “Na prática, saímos de uma situação de empate técnico com a UFRJ, em segundo lugar, e entramos em outro empate técnico com a UFRJ, agora em terceiro”, explica o professor Ricardo Takahashi, pró-reitor de Graduação, ao comentar a troca de posições entre as instituições, de um levantamento para o outro, e a pequena diferença de pontuação que as separa. Em relação à permanência da UFMG no topo da dimensão "ensino", Takahashi afirma que isso é reflexo de “políticas institucionais de longo prazo que sempre privilegiaram a área”. Quanto ao destaque na dimensão "mercado" – 3ª posição –, o professor vê uma sintonia com o próprio ensino. “Ensino de qualidade resulta em grande aceitação de mercado. Um indicador confirma o outro”, explica o professor. Destaques entre os cursos Na opinião do professor Takahashi, o RUF tem o mérito de lançar luz sobre aspectos não captados por outros rankings de alcance internacional. “É muito difícil comparar ensino e mercado entre universidades brasileiras e do exterior. O ranking da Folha revela forças da UFMG não medidas por levantamentos mais genéricos”, afirma o professor. A avaliação No primeiro caso, estão classificadas as 192 universidades brasileiras, públicas e privadas, com base em cinco indicadores: pesquisa, internacionalização, inovação, ensino e mercado. O ranking de cursos, por sua vez, traz a posição de cada um dos 40 cursos de graduação com mais ingressantes no Brasil, com base nos indicadores "ensino" e "mercado". Em cada classificação, são consideradas as formações oferecidas por universidades, centros universitários e faculdades. Os dados que compõem os indicadores de avaliação do RUF são coletados por equipe do jornal em bases de patentes brasileiras, em bases de periódicos científicos, em bases do MEC e em pesquisas nacionais de opinião feitas pelo Instituto Datafolha.
Três cursos da UFMG – Ciências Contábeis, Farmácia e Psicologia – figuram em primeiro lugar em suas áreas. Na segunda posição, aparecem Arquitetura e Urbanismo, Direito, Engenharia Elétrica, Fisioterapia, História, Medicina Veterinária e Letras. Em terceiro lugar, foram classificados, em suas respectivas áreas, os cursos de Administração de Empresas, Biomedicina, Economia, Enfermagem, Engenharia de Controle e Automação, Física, Pedagogia, Publicidade e Propaganda e Sociologia.
O Ranking Universitário Folha é uma avaliação anual do ensino superior do Brasil feita pelo jornal Folha de S.Paulo desde 2012. O levantamento deste ano está centrado em dois eixos: a avaliação de universidades e a de cursos.