Pesquisadores brasileiros e do exterior e profissionais de áreas como geologia, mineração e ciências de materiais participam até sábado, 19, do EBSD workshop - applications in material and earth science, que discute o emprego da técnica de Difração de Elétrons Retroespalhados (da sigla em inglês EBSD - Electron Backscatter Diffraction). O evento, realizado no Icex, é organizado pela Rede de Microscopia e Microanálise de Minas Gerais, que tem o Centro de Microscopia da UFMG como um de seus 11 integrantes. “Essa técnica possibilita investigar estruturas de cristais de qualquer substância cristalina (como metais e minerais), com aplicações em áreas como geologia, metalurgia e mineralogia, além de favorecer a análise de texturas de materiais”, explica o professor Leonardo Lagoeiro, vice-coordenador da Rede. O evento reúne pesquisadores brasileiros envolvidos com o uso da técnica EBSD, ligados a empresas, como Gerdau e Aperam, e conta com a presença de especialistas de projeção internacional: Anthony Rollet, do Canegie Mellon University (Estados Unidos), Gert Nolze, do Federal Institute for Materials Research and Testing (Alemanha), Ralf Hielscher, do Technische Universität Chemnitz (Alemanha) e Hugo Sandim, da USP. Leia a programação. Segundo o professor Wagner Nunes Rodrigues, diretor do Centro de Microscopia da UFMG, embora não seja uma técnica nova, a EBSD é pouca difundida no Brasil. “Nosso objetivo é ampliar o seu uso no âmbito do Centro de Microscopia”, diz o professor. Além dos professores Leonardo Lagoeiro e Wagner Rodrigues, estão envolvidas na organização do workshop as professoras Elizabeth Ribeiro da Silva, da UFMG, que coordena a Rede de Microscopia e Microanálise de Minas Gerais, e Paola Ferreira Barbosa, da UnB. Financiada pela Fapemig, a Rede de Microscopia e Microanálise de Minas Gerais é formada por 11 laboratórios instalados em instituições de ensino e pesquisa sediadas no estado.