Universidade Federal de Minas Gerais

Foca Lisboa/UFMG
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González-Ruibal: novas formas de documentar os vestígios da modernidade

'Os objetos têm imenso poder de revelação', diz Alfredo González-Ruibal, arqueólogo do passado recente

terça-feira, 29 de setembro de 2015, às 12h01

Ao escavar uma trincheira da Guerra Civil Espanhola, datada de 1938, a equipe do arqueólogo espanhol Alfredo González-Ruibal encontrou um objeto que lhe pareceu “fora de lugar” naquele ambiente bélico: um minúsculo frasco de perfume de mulher, provável presente da esposa ou da namorada de um soldado que o levou consigo para reavivar as lembranças da amada.

“Quando se faz uma escavação, escavam-se pessoas, relações, amores, nostalgias e emoções. É isso que tento fazer em meu trabalho”, explica González-Ruibal, professor do Instituto de Ciências do Patrimônio da Espanha e um dos expoentes da chamada arqueologia do passado recente, ou arqueologia da contemporaneidade, subdisciplina que propõe novas formas de documentar os vestígios da modernidade.

São os objetos, como o frasco de perfume encontrado no front, que lhe possibilitam reconstituir episódios esquecidos, ainda que relativamente recentes, da própria Guerra Civil Espanhola. É o caso da batalha nos arredores de Madri que não entrou para os livros de história, embora tenha mobilizado 100 mil soldados e deixado oito mil baixas, e a história do povoado habitado por familiares de prisioneiros que se formou no entorno de um campo de concentração.

Em setembro, González-Ruibal teve uma rápida passagem pela UFMG, onde ministrou um curso de arqueologia contemporânea na Fafich e participou, como convidado do Programa Cátedras de Estudos Ibero-latino-americanos do Instituto de Estudos Transdisciplinares Avançados (Ieat), da conferência Estudos interdisciplinares de ciências humanas em pós-colonialidade. Nesta semana, ele está em Goiânia como um dos principais conferencistas do Congresso da Associação Brasileira de Arqueologia.

Em meio a essa agenda concorrida, o arqueólogo espanhol encontrou tempo para conceder a seguinte entrevista ao Portal UFMG, na qual falou, entre outros assuntos, da continuidade de seus estudos sobre a Guerra Civil Espanhola – em 2016, ele iniciará frente de investigações em Madri – e sobre suas pesquisas com sociedades tradicionais no Brasil e na África.

O senhor começou sua trajetória como arqueólogo da pré-história e migrou para a chamada arqueologia do passado recente ou arqueologia da contemporaneidade. Como se deu essa transição?
Na verdade, interessei-me pela arqueologia do passado recente em minha graduação em história, há cerca de 20 anos. Comecei a estudar o passado recente, não porque estivesse interessado nele, mas porque pretendia estudar o presente para entender o passado. Estudei as comunidades camponesas do norte da Espanha, de onde eu venho, porque desejava conhecer as comunidades camponesas da pré-história. Investiguei essas comunidades a partir das casas que abandonaram quando migraram, em meados do século 20. Elas deixaram tudo lá: ferramentas e objetos pessoais. Eu pude perguntar-lhes por que deixaram os objetos, o que é diferente de um trabalho da arqueologia pré-histórica em que não se pode fazer esse tipo de pergunta. E acabei ficando mais interessado na vida dessas pessoas à medida que as conhecia melhor – nem tanto para compreender a pré-história, mas a vida dessa gente. Percebi que eram vidas muito interessantes e também traumatizadas pelo processo de migração. Foi aí que eu comecei a me interessar efetivamente pela arqueologia contemporânea.

Ao que parece, há uma estreita relação entre a arqueologia contemporânea e a antropologia...
Sim, há trabalhos de entrevistas e de observação de pessoas, que têm muito a ver com as metodologias da etnografia.

Por que o senhor escolheu trabalhar com o lado mais obscuro dos séculos 20 e 21, que envolve temas como guerras, migrações em massa, colonialismo, consumismo global e totalitarismo?
A Espanha viveu momentos traumáticos, com pobreza, migração massiva durante quase todo o século 20, guerra civil, ditadura, violência política. Esses fenômenos são chave para compreender as coisas que se passam agora na Espanha. Também me sinto atraído pela poética dos vencidos e das vítimas da história. Não que queira falar por eles e reivindicar a sua memória, pois isso é difícil e até um pouco arrogante. Mas creio ser importante preocupar-se com essa gente esquecida.

Como consegue alcançar essas pessoas? Muitas já morreram ou não estão lúcidas para contar suas histórias. Que vestígios essas pessoas deixam e que histórias eles contam?
Gosto da arqueologia exatamente porque ela possibilita contar a história das pessoas por meio dos objetos que deixaram para trás – lixeiras, valas comuns, campos de concentração e de refugiados. Somos, em boa parte, os nossos objetos. Eles têm um imenso poder de revelação.

Acervo Alfredo González-Ruibal
desenho%20do%20vidro%20de%20perfume%20-%20alfredo%20ruibal.jpg Poderia citar exemplos dessa força reveladora?
Em uma escavação feita em trincheira da Guerra Civil Espanhola, datada de 1938, encontramos um frasco de perfume [desenho], algo que parecia muito fora de lugar, que não pertencia àquele sítio. Normalmente, nesse tipo de trabalho, encontramos restos de guerra, como munição, cartuchos e tudo aquilo que está relacionado com a morte, com o ataque ao inimigo e com a própria defesa, além de coisas mais cotidianas, como restos de comida. Porém, quando começamos a pesquisar, descobrimos que era um frasco de perfume de mulher, muito pequeno, todo decorado. Não se sabe o que esse objeto estava fazendo lá, mas podemos fazer interpretações. Em nosso entendimento, esse frasquinho de perfume foi um presente da mulher ou da namorada de um soldado que foi para o front e o carregou consigo. Imagino que ele levou o perfume para se lembrar dela, do seu cheiro. Quando se faz uma escavação, escavam-se pessoas, relações, amores, nostalgias, emoções. É isso que tento fazer em meu trabalho com a arqueologia contemporânea, com a história que pretendemos contar com base nos objetos.

A Guerra Civil Espanhola é um fenômeno muito estudado e documentado – tanto que, da experiência do escritor Ernest Hemingway como correspondente, nasceu a obra-prima Por quem os sinos dobram. Que novas questões o seu estudo pretende trazer sobre esse período tão marcante da história espanhola?
É preciso ter em vista que há fatos que não estão contados ou não estão suficientemente contatos a respeito da guerra civil, da ditadura franquista e da perseguição política. Há muitas coisas nos campos de concentração que só podem ser estudadas numa perspectiva arqueológica, pois não há documentação sobre a vida de seus prisioneiros. A ditadura franquista escondeu e eliminou provas. Precisamos da arqueologia para revelar fatos ocultados ou verdades esquecidas. Isso pode ser feito arqueologicamente por meio dos estudos das lixeiras e dos objetos abandonados no campo de batalha. A outra questão é tornar essas questões visíveis para todos. A Guerra Civil Espanhola ficou restrita aos ambientes eruditos e acadêmicos, e os objetos são uma boa maneira de mediar a relação entre a pesquisa e a sociedade.

Em que pé estão os seus estudos e o que sua equipe já descobriu?
Essas pesquisas começaram em 2006 e investigamos cenários muito distintos, como campos de concentração e ambientes de trabalho. Quando se fala em campos de concentração, costumamos pensar em prisioneiros. Mas encontramos, por exemplo, um povoado onde viviam familiares dos presos de um campo de concentração. Há poucas informações sobre a presença desses familiares. Moravam próximos, em uma espécie de favela. Essa gente – mulheres, idosos, crianças – vivia lá em condições terríveis só para estar perto de seus familiares presos. Isso foi uma descoberta arqueológica. Do ponto de vista do campo de batalha, estudamos um confronto em Guadalajara (na região de Madri) que não deixou registros. Ela ficou esquecida e, diferentemente de todas as batalhas da Guerra Civil Espanhola, sequer recebeu um nome – por isso, a chamamos de “Batalla Olvidada”. Atuamos como se estivéssemos investigando um fenômeno pré-histórico; usamos a arqueologia, quase que exclusivamente, para reconstruir o que se passou. Não havia gente que pudesse contar o que houve, e os documentos eram muito escassos.

Acervo Alfredo González-Ruibal
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Medalha de um oficial franquista e a estrela vermelha de um soldado republicano encontradas no campo de batalha

Como se deu essa batalha?
Foi uma ofensiva do exército da República contra as tropas do general Francisco Franco. Ela fracassou e, por isso, não entrou para os livros de história. Os franquistas também não deixaram registros. Era uma batalha secundária; havia naquele momento combates muito mais importantes. O exército de Franco avançava sobre os soldados republicanos e estava a ponto de chegar ao Mediterrâneo. Os republicanos organizaram uma ofensiva em Guadalajara para forçar os franquistas a deslocarem tropas para o interior, diminuindo sua atuação no Mediterrâneo. Mas a estratégia não deu certo. Essa batalha reuniu perto de 100 mil soldados e deixou oito mil baixas, entre mortos e feridos.

O senhor agora pretende estudar o impacto da Guerra Civil Espanhola na capital, Madri...
O caso de Madri é interessante, porque a guerra, que começou em julho de 1936, lá chegou três meses depois e ficou até o fim do conflito, dois anos e meio mais tarde. Esse fenômeno da guerra que transforma a cidade é algo muito recente. Hoje, estamos acostumados a ver grandes cidades como campos de batalha, a exemplo de Alepo (Síria), Gaza (Palestina), Bagdá (Iraque) e Cabul (Afeganistão). Mas isso é recente. Madri foi a primeira grande capital a sediar uma guerra. Queremos estudar, do ponto de vista arqueológico, como essa cidade foi afetada por uma guerra moderna, que obrigou a população a construir refúgios e a fortificá-la, e depois como isso foi esquecido e enterrado.

O senhor também é um estudioso das sociedades tradicionais, tendo inclusive pesquisas no Brasil. Poderia falar dessa linha de investigação?
No Brasil, meu projeto está dentro da perspectiva que mencionei anteriormente de estudar as sociedades atuais para compreender melhor as do passado. Só que isso também pode, ao mesmo tempo, nos ajudar a compreender as sociedades do presente. Trabalhei, de 2005 a 2009, com os índios Awá-Guajá, no Maranhão. Um grupo muito pequeno, com cerca de 400 pessoas, de caçadores-coletores que vivem em terras demarcadas e agora estão virando agricultores – a Funai introduziu a agricultura em suas terras. Estudamos suas práticas de coleta e caça e a transformação de sua cultura a partir da administração da Funai. Isso envolve, por exemplo, mudanças nas relações de gênero e o surgimento de relações mais hierarquizadas.

Outro estudo, ainda em curso, é desenvolvido na Etiópia, na fronteira com o Sudão. Etiópia e Sudão reúnem sociedades tradicionais muito parecidas com os indígenas do Brasil. Elas resistem à incorporação pelo Estado e conseguiram manter uma estrutura igualitária em suas relações. A ideia é olhar para o uso dos objetos materiais – arcos, flechas e casas – na construção dessa resistência.

Como essas sociedades conseguem resistir ao capitalismo, à globalização e à própria força opressora do Estado em pleno século 21? Por quanto tempo elas ainda vão sobreviver?
É uma boa questão. Sua sobrevivência é cada vez mais difícil. Os estados estão cada vez mais poderosos, com uma capacidade de transformação muito maior do que na época do colonialismo, no século 19. No Brasil, talvez elas tenham mais chance, pois o Estado, pelo menos em teoria, tem um respeito maior pelas sociedades indígenas. A sobrevivência é muito mais difícil em lugares governados por estados intervencionistas, que querem modernizar essas sociedades. Os Gumuz, essa sociedade na fronteira da Etiópia com o Sudão, conseguem sobreviver, porque há três mil anos vivem muito próximos a áreas com presença do Estado, o que os levou a desenvolver mecanismos de resistência. Eles são igualitários e rejeitam as diferenças econômicas e sociais. Quando geram mais riqueza do que podem consumir, eles a destroem para impedir que alguns poucos sejam beneficiados por esse excesso. Quando produzem cereal em excesso, o transformam em cerveja e bebem tudo. Eles bebem a sua riqueza. Para eles, riqueza não pode ser sinônimo de diferença social. Riqueza e igualdade podem coexistir.
Acervo Alfredo González-Ruibal
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Casa de uma família gumuz, na Etiópia

Os registros da contemporaneidade são dominados pela imagem. Que lugar fotos e vídeos ocupam no trabalho de um arqueólogo do passado recente e, em especial, no seu trabalho?
Embora trabalhe com o passado recente, considero-me um arqueólogo muito tradicional. Eu gosto dos sistemas de documentação mais convencionais. Tenho colegas, sim, que trabalham muito com vídeos. Trabalho com fotografias e, principalmente, com desenhos. O desenho ainda é muito comum na arqueologia. Fotografia e desenho são os dois elementos visuais mais importantes no meu trabalho.

O senhor tem talento para o desenho?
Bom, eu sei desenhar. Não é preciso ser um grande artista para fazer um desenho arqueológico assim como não tem de ser um Sebastião Salgado para fazer boas fotos para fins de registro arqueológico. A questão aqui é trabalhar bem como arqueólogo e não como artista.

Por falar em Sebastião Salgado, que relação o trabalho dele – que já documentou, por exemplo, o fenômeno da migração – e de outros fotógrafos, como o chileno Camilo Vergara, que captura transformações na paisagem urbana dos Estados Unidos, tem com o ofício do arqueólogo?
O trabalho do Camilo Vergara é muito semelhante ao da arqueologia, porque documenta espaços e prédios, retratando como as cidades vão mudando ao longo do tempo. Seu objeto nem são tanto as pessoas que moram na cidade, mas a face material do espaço urbano. A exemplo de um arqueólogo, ele se interessa pela cultura material, objetos e estruturas arquitetônicas. Camilo Vergara já declarou que não se interessa tanto em fazer fotos bonitas, mas documentar com muita precisão – isso é também a pretensão do arqueólogo.

A preocupação com a estética pode, em algum momento, mascarar a precisão, impedir que ela aflore....
Se você está muito preocupado com a estética, corre-se o risco de esquecer um pouco o seu trabalho. Já no caso do Sebastião Salgado, há dois pontos em contato com a arqueologia. De um lado, ele está muito preocupado com os subalternos, com a gente desfavorecida, com as vítimas da história. E há muitos arqueólogos que caminham nessa direção. Por outro lado, há a questão da materialidade e da textura de suas imagens. Uma fotografia do Sebastião Salgado deixa transparecer a vida material das pessoas – o lixo, a textura da roupa, a pele, a terra onde pisam. Tudo isso, de caráter muito material, é o que fundamentalmente interessa à arqueologia, que deve ser capaz de traduzir esse mundo em imagens ou palavras.

Quais os desafios da arqueologia contemporânea?
O maior desafio é demonstrar a sua relevância como campo do estudo, exigência que não é imposta a outras áreas como a história contemporânea. No caso da arqueologia contemporânea, algumas pessoas ficam com a impressão de que “isto eu já tinha visto” quando deparam com alguma referência, ou seja, com a percepção de que não se está contando nada que as pessoas não saibam. Os relatos da arqueologia contemporânea não têm obrigatoriamente que mudar o nosso conhecimento do mundo, mas precisam contar as coisas que sabemos de maneira diferente, de modo que sejamos convencidos de que estamos vendo ali uma realidade como nunca vista antes. Essa capacidade de retratar as coisas é uma característica que diferencia a arqueologia contemporânea e precisa se desenvolver continuamente por meio de novas narrativas. Enfrentamos também o desafio de desvendar histórias ocultas. O problema é que muitas vezes as histórias trazem muitos conflitos e acabaram esquecidas intencionalmente. E aqui se coloca uma questão delicada: pode e deve a arqueologia desvelar essas histórias, sacá-las novamente à vista de todos? Quais as consequências de se falar de ditaduras, genocídios e violências?

(Flávio de Almeida)

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