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A Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (Fafich) sedia, a partir de hoje, o congresso Escravidão e mestiçagens: de que estamos falando? Antigos conceitos e modernos anacronismos. No evento, fruto de cooperação da UFMG com a Universidade de Sevilha, na Espanha, serão abordados conceitos básicos, como o de escravo, escravidão, mestiço e mesclas – termos que, no passado, foram empregados para nomear, hierarquizar e qualificar. Para os organizadores, promover discussão com especialistas de diferentes nacionalidades sobre os conceitos, as categorias e os termos relativos à escravidão e às mestiçagens biológicas e culturais ajuda a impedir que tal campo de estudos “se transforme em território livre para simulações de sustentação das conveniências do presente, sejam elas quais forem”. Integra a comissão organizadora o professor Eduardo França Paiva, do Departamento de História, autor de Dar nome ao novo: uma histórica lexical da Ibero-América entre os séculos XVI e XVIII. No livro, França Paiva reuniu termos e expressões que passaram a ser empregados nas Américas portuguesa e espanhola para identificar, distinguir e hierarquizar os descendentes das mestiçagens biológicas e culturais advindas da colonização e escravidão. A maior parte da programação do congresso será realizada no auditório Sônia Viegas, mas também haverá atividades em Sabará, na Casa Borba Gato. O evento será encerrado no Espaço do Conhecimento UFMG, que fica na Praça da Liberdade, em Belo Horizonte. Todas as informações sobre o congresso estão reunidas no site do evento. O congresso também conta com e-mail para contato (congressoufmgsevilha@gmail.com) e página no Facebook.