Infraestrutura de ponta especializada em análises será inaugurada nesta quinta-feira, 14, às 16h30, em solenidade no Auditório 3 do Instituto de Ciências Biológicas (ICB). Com custo aproximado de R$ 3 milhões, o Centro de Processamento de Alto Desempenho (CPAD) multiusuário é equipado com o supercomputador Sagarana, conjunto computacional (ou cluster) que processa dados centenas de vezes mais rápido do que um computador tradicional, tem milhares de vezes mais memória e duzentas vezes mais capacidade de armazenamento. O reitor da UFMG, Jaime Arturo Ramirez, e o diretor de Tecnologia da Informação (DTI), Diógenes Cecílio da Silva Júnior, são alguns dos convidados de honra dos diretores do ICB, Andréa Macedo e Carlos Augusto Rosa, para a solenidade. O professor Eugênio Marcos Andrade Goulart, da Faculdade de Medicina, fará palestra em homenagem a Guimarães Rosa, ex-aluno da UFMG e inspirador do nome do novo supercomputador. Goulart é autor do livro O viés médico na literatura de Guimarães Rosa. Análises robustas Segundo ele, o Sagarana pode, por exemplo, simular a evolução de populações de uma determinada espécie, cálculo extremamente complexo e difícil. “O equipamento permite o desenvolvimento de um sem-número de novas abordagens. Por isso, futuro é a palavra que melhor o define”, enfatiza Ortega. De acordo com Vasco Azevedo, professor do Departamento de Biologia Geral, a instalação do conjunto Sagarana vai permitir que os pesquisadores do ICB façam análises robustas, “compartilhando o uso de ferramentas de informática e bioinformática, que até então não eram possíveis”, comemora. Para o professor Márcio Bunte de Carvalho, diretor do Laboratório de Computação Científica da UFMG, um aspecto importante a ressaltar é a forma colaborativa como o computador foi adquirido pelo ICB, com a participação de todos os seus programas de pós-graduação. Além do cluster Sagarana, o Centro hospeda as máquinas Sarapalha, que funciona como porta de entrada e servidor para transferência de arquivos, e Bioinfo, que operará portal para ferramentas de bioinformática desenvolvidas no Instituto. Sagarana Entretanto, nunca abandonou suas raízes na ciência. “Por sua mineiridade conjugada à sua internacionalização, tão importante para a ciência, João Rosa, filho da UFMG, inspirou o batismo dos dois sistemas de processamento de alto desempenho de informação – Veredas Sagarana”, explica Miguel Ortega. (Com Assessoria de Comunicação Social e Divulgação Científica do ICB)
“Essa é uma plataforma para desenvolvimento de soluções ainda não pensadas”, define o professor Miguel Ortega, coordenador do CPAD e subcoordenador do Programa de Pós-graduação em Bioinformática do ICB.
João Rosa, como era conhecido nos tempos de juventude, quando cursou Medicina na UFMG, inicialmente clinicou em cidades do interior mineiro, e, posteriormente, dedicou-se à arte de escrever, tornando-se o consagrado Guimarães Rosa.