Foca Lisboa/UFMG |
A vice-reitora da UFMG, Sandra Goulart Almeida, e o diretor de relações internacionais, Fábio Alves, se reuniram na manhã desta quarta, 14, com a cônsul-geral da Irlanda no Brasil, Sharon Lennon, para discutir possibilidades de aproximação acadêmica com instituições irlandesas. O encontro coaduna com duas outras atividades que estão sendo realizadas na UFMG por delegação acadêmica irlandesa. No Centro de Atividades Didáticas de Ciências Humanas (CAD 2), por exemplo, representantes de dez universidades do país europeu fizeram apresentação de oportunidades de intercâmbio para estudantes da UFMG (abaixo, em foto de Hugo Rocha/UFMG). Também na parte da manhã, grupo de dirigentes de instituições de ensino irlandesas se reuniu com equipes da UFMG para discutir intercâmbio acadêmico, mobilidade em doutorado e pós-doutorado e outras oportunidades de cooperação. A cônsul-geral explica que recentemente seu país superou grave crise que motivou seus dirigentes a buscarem novas cooperações ao redor do mundo. “Nossas principais parcerias, como os Estados Unidos e a União Europeia, também foram afetadas pela crise. Desde então, temos investido em novas aproximações em áreas como comércio, saúde, educação”, informa. A representante destaca especialmente a educação como foco desses esforços do país para encontrar novas frentes de atuação. “O governo da Irlanda entendeu que é preciso realizar as coisas de uma nova maneira. Por isso, a internacionalização da educação tem sido importante para nós.” Sharon Lennon [em foto de Foca Lisboa/UFMG] destaca o interesse da Irlanda em se aproximar especialmente do Brasil. “Aqui existem muitos especialistas em áreas importantes para nós, como agricultura, engenharia, ciências e humanidades. A UFMG, especificamente, é líder em várias áreas que nos interessam.” Fábio Alves conta que a aproximação entre os países ganhou corpo em 2013, ano em que a UFMG enviou 55 alunos para intercâmbio no país. “Em 2014, enviamos 83 alunos”, contabiliza. “Até dois anos atrás, as relações que existiam eram fruto de iniciativas muito individuais: aproximações entre colegas da UFMG e pesquisadores de universidades irlandesas. O que temos buscado é institucionalizar essas relações.” Contudo, o trânsito na mão contrária não é tão intenso. Em 2014, por exemplo, apenas um irlandês veio estudar na UFMG. Para Sharon Lennon, paralelamente aos esforços institucionais de divulgação, o compartilhamento das experiências desses intercambistas em suas relações interpessoais poderá fomentar novas parcerias. “Isso vai criar os laços e intensificar a vinda de nossos alunos para o Brasil. Temos esse objetivo”, diz. Sobre a atual fase de negociações entre Irlanda e UFMG, o diretor de Relações Internacionais esclarece que está ocorrendo um estudo exploratório para conhecimento mútuo. “Nesse sentido, reitero o que disse a cônsul-geral: o trabalho interpessoal é a chave para o crescimento das nossas relações. É nesse espaço que estamos trabalhando no momento.”