Marcus Vinicius dos Santos/ICB |
Com o objetivo de reduzir a população do mosquito Aedes Aegypti, a Diretoria do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) concluiu, na última semana, a instalação de telas metálicas e a vedação de todas as tampas de bueiros, ralos e frestas nas dependências do prédio. Também foram eliminados possíveis focos de inseto em tambores, caixas e outros recipientes nas áreas comuns do prédio, incluindo os jardins. As ações foram adotadas com base no projeto de iniciação científica "ICB contra a Dengue", que visa diminuir as chances de alguém se infectar por dengue, zika ou febre chikungunya no Instituto. Sob orientação do professor Álvaro Eiras, do Laboratório de Ecologia Química de Insetos Vetores (Labeq), vinculado ao Departamento de Parasitologia, um levantamento minucioso vem sendo desenvolvido pelas estudantes Isadora Rocha e Hilciely Antunes, desde janeiro de 2015, com apoio do Centro de Extensão. O mosquito tem uma espécie de “sensor de água” que o guia até quantidades muito pequenas desse líquido e onde a fêmea põe centenas de ovos. Esse fator, aliado a condições ideais de temperatura e umidade, levou ao quadro crítico atual, na avaliação do pesquisador. “Nunca houve uma densidade de mosquitos tão alta quanto agora, inclusive no ICB”, alerta Álvaro Eiras. Como medida preventiva, ele recomenda que pessoas com sintomas de virose só voltem a trabalhar ou a frequentar ambientes de grande aglomeração de pessoas depois de descartada a possibilidade de se tratar doença transmissível. Ainda segundo Eiras, o atendimento médico imediato pode evitar que os mosquitos ainda não contaminados se contaminem. O vírus é mais ativo (mais "transmissível") no período em que a pessoa se sente mal. Além dos cuidados conhecidos com pratinhos de plantas e com copos descartáveis, muito comuns no dia a dia das organizações, máquinas e experimentos que acumulem água também devem ser observados com cautela. A tela protetora deve ter “malha” de cerca de 1mm, para evitar que o inseto entre por frestas, mas também por locais até então insuspeitos, como canos de esgotamento de caixas d’água, conhecidos como ladrão. O site do ICB reúne dados sobre sintomas das doenças transmitidas pelo Aedes Aegypti. (Assessoria de Comunicação Social e Divulgação Científica do ICB)