Durante 60 dias, até o início de maio, a Praça de Serviços do campus Pampulha recebe food trucks (carros que vendem alimentos) que oferecerão, em período de teste, quatro tipos diferentes de refeição à comunidade universitária. Nesta segunda-feira, 7, três dos quatro carros que assinaram termo de autorização com a UFMG começaram a atender aos clientes. Por volta das 11h, a professora americana Heather Regen, do Programa Inglês Sem Fronteiras, ao lado do colega Henry Pratt [ambos na foto abaixo], experimentava os tacos – refeição típica do México –, uma das quatro opções que serão ofertadas durante o período de teste, com exceção de fins de semana e feriados. Natural de Los Angeles, Heather, que diz sentir falta de comida mexicana em Belo Horizonte, aprovou a novidade. “A comunidade mexicana na minha cidade é muito grande, e essa comida típica é muito presente por lá. Sinto falta de opções diferentes de comida no Brasil, em especial aqui no campus”, afirmou a professora. “Nem é uma coisa americana, mas me lembra muito o meu país”, completou o colega, que frisou gostar muito da comida brasileira. Pedro Márquez [na foto ao lado], empresário responsável pelo food truck de comida mexicana, trabalha há quase 18 anos no ramo de alimentação, sendo 12 no México, onde nasceu, e seis no Brasil, onde vive desde 2010. “A comida mexicana teve uma boa aceitação da população de Belo Horizonte desde que começamos esse trabalho. Esperamos que a recepção no campus também seja muito boa. Temos muitos clientes nessa região e nossa expectativa é a melhor possível", disse. Márquez informa que seus produtos são feitos sem conservantes, sem gordura e com ingredientes frescos. "Uma opção de lanche saudável”, ressalta. Um tipo de alimento comum na Suíça, a batata rosti foi a opção escolhida pela caloura do curso de Farmácia Júlia Vieira. “Hoje eu ia almoçar no bandejão, mas, passando pela Praça de Serviços, decidi comer aqui. Às vezes dá vontade de variar um pouco e acho muito bom ter essas opções”, disse. Segundo o empresário Eduardo Gontijo [na foto acima], serão oferecidas, a princípio, seis opções de recheio. “Nossa ideia é atender nesse período de teste, das 11h às 22h. Para isso, vamos ter que investir e contratar mais funcionários. Esse será um período para que as pessoas conheçam o nosso produto”, explica. Outra opção para quem for à Praça de Serviços hoje é a crepioca – uma mistura entre crepe e tapioca –, oferecida em 13 opções – 10 salgadas, duas doces e uma vegetariana, que varia todos os dias. De acordo com Luciano Nery [na foto ao lado], responsável pelo food truck, que está há dois anos no mercado da capital mineira, a ideia é oferecer comida de rua de uma forma mais próxima às pessoas. “A UFMG não possui um complexo maior de alimentação; nesse período, vamos poder atender a um público diverso, carente de opções diversificadas.” Durante os próximos 60 dias, os food trucks – que oferecerão também massas frescas – terão liberação de uso do espaço no campus, das 8h às 22h, segundo a engenheira Eliane Aparecida Ferreira, assessora da Pró-reitoria de Administração (PRA). Nesse período, eles devem atender ao público, obrigatoriamente, em duas faixas de horário: das 11h às 14h e das 18 às 22h. “Nosso objetivo é aumentar a oferta de serviços de alimentação no campus, principalmente em áreas mais periféricas. Para isso, temos que buscar oferecer aquilo que não é ofertado nas cantinas, para promover um diferencial e não competição. A ideia é suprir a carência em alguns espaços do campus Pampulha, mas com a oferta de opções diferentes”, explica Eliane Ferreira. Segundo a assessora da PRA, durante o período de teste, os food trucks ficarão em frente à Praça de Serviços, onde será mensurada a demanda pelos tipos de alimentos oferecidos. “O teste será feito na área central do campus, mas a ideia é instalá-los em pontos em que há menos cobertura de cantinas, e que ainda estão sendo mapeados pela equipe da PRA, em parceria com o Departamento de Planejamento Físico da Pró-reitoria de Planejamento (Proplan)”, informa. Após o período de teste, a PRA fará o credenciamento, conforme previsto na legislação. Segundo Eliane Ferreira, os detalhes desse processo de credenciamento ainda serão definidos, mas toda a infraestrutura para funcionamento deverá ser providenciada e custeada pelos permissionários.