Com aula inaugural no auditório da Reitoria, a Universidade abriu na tarde desta terça-feira, 8, nova modalidade de formação para seus servidores, o curso Elaboração de Projetos de Mestrado e Doutorado. Aos 200 servidores sorteados para a primeira turma do curso, a pró-reitora adjunta de Recursos Humanos, Leonor Gonçalves, explicou que a iniciativa decorre do programa de gestão do atual reitorado, que previa a valorização dos servidores técnicos e administrativos por meio de uma política de recursos humanos que favoreça sua qualificação, para atender aos crescentes desafios da pesquisa e da pós-graduação, e que os envolva de forma participativa na vida da Universidade. “Em nome do reitor Jaime Ramírez agradeço a presença de todos vocês. A intenção é reduzir o débito que a Universidade tem em relação à formação dos seus trabalhadores”, enfatizou. Ela explicou que a princípio seriam abertas 60 vagas, mas a grande procura – com mais de 700 inscrições – levou a UFMG a buscar colaboradores entre docentes e estudantes de mestrado e doutorado, para ampliar a oferta para 200 vagas. “Mesmo assim, estamos atendendo apenas um terço da demanda”, observou. Segundo ela, a equipe do Departamento de Desenvolvimento de Recursos Humanos (DRH) da Pró-reitoria de Recursos Humanos está estudando o perfil dos que se inscreveram, para ofertar, a partir do próximo semestre, outras modalidades do curso. “Precisamos atender, por exemplo, pessoas que estão com a carreira profissional avançada e aqueles que necessitam de preparo diferenciado na redação dos projetos de pesquisa”, informou. Ao falar para os alunos do curso, Leonor Gonçalves destacou que “mestrado e doutorado não são apenas para a academia. O conhecimento cabe em todos os espaços do trabalho”. Segundo ela, ao estimular a qualificação do seu corpo técnico, a UFMG contribui para a fixação desses servidores, “pois aumenta o prazer de aqui permanecer”, e passa a contar com pessoas que podem se envolver e ajudar na solução de problemas na Universidade e fora dela. Demanda reprimida Dos 4,6 mil servidores técnico-administrativos do quadro permanente da UFMG, somente 75 têm doutorado, 323, mestrado, e 1.227, especialização. Leonor Gonçalves lembra que apenas 1.152 do total são concursados para cargos de nível superior, mas os de nível médio também têm interesse em crescer. “Dentro de uma instituição de ensino, é importante pensar o desenvolvimento como oportunidade para que as pessoas criem vínculos”, defende a pró-reitora adjunta de Recursos Humanos. Com 60 horas-aula, das quais 30 a distância, e encontros presenciais quinzenais, o curso terá sete turmas de preparação para elaboração de projetos de mestrado e uma para doutorado. Para receber o certificado de conclusão do curso, os servidores devem ter 75% de aproveitamento das aulas presenciais e nas atividades on-line.
Diretor de Produção Científica da Pró-reitoria de Pesquisa e um dos responsáveis pela proposta do curso, o professor Sérgio Cirino não viu com surpresa a grande demanda pelo curso. “Já tínhamos experiências anteriores, de servidores que nos procuraram pedindo esse tipo de orientação”. Juntamente com a servidora Zulmira Medeiros, Cirino ofereceu curso similar a 20 pessoas na Faculdade de Educação, em 2013.
“Terminei a graduação no fim de 2014, já estou na especialização e o objetivo da continuidade acadêmica é o aprimoramento das minhas atividades, para retornar à Universidade o que aprendi".
Guilherme Ribas, servidor da Pró-reitoria de Graduação
“Estou na Universidade há 30 anos, acompanhei a evolução da carreira. Cada vez que se faz um curso, há um retorno para o seu trabalho. Tenho certa dificuldade para elaborar projetos e quero vencer essa barreira inicial. Tenho tudo na minha cabeça e quero que o curso me ajude a desenvolver com segurança meu projeto de mestrado”.
Maria José de Castro Alves, servidora da Escola de Arquitetura
“Esse curso é importante tanto para mim, pelo ganho pessoal e profissional, quanto para a instituição. Ao contribuir com a qualificação dos servidores, a Universidade terá condições de prestar um atendimento de melhor qualidade”.
Marcelo Lima, servidor da Comissão Permanente do Vestibular (Copeve)
Abriram o curso Zulmira Medeiros, Isabel Leroy, Leonor Gonçalves e Sérgio Cirino