O reitor Jaime Ramírez e o embaixador da França no Brasil, Laurent Bili, firmaram, na manhã de hoje (terça, 15), acordo que renova por quatro anos o Programa Cátedras Francesas na UFMG, que tem trazido pesquisadores de universidades do país europeu para temporadas no Brasil. O convênio deve evoluir para iniciativas de reciprocidade, ou seja, docentes da UFMG passarão ser convidados por instituições francesas. Na ocasião, Ramírez apresentou a Bili a ideia de formação de uma rede de universidades francesas e brasileiras, já discutida com representantes da França em visita de janeiro deste ano. O objetivo é aprimorar a cooperação acadêmica entre os dois países. “Confirmamos o interesse nessa parceria, que já é bem-sucedida e será ampliada”, disse o reitor. O diplomata francês comentou que o acordo assinado hoje “dá continuidade à relação especial da UFMG com a França, abrindo novos caminhos e estruturando a cooperação”. Participaram também do encontro a diretora do Instituto Francês do Brasil em Minas Gerais, Christine Masson, o cônsul honorário da França em Belo Horizonte, Manoel Bernardes, e o diretor de Relações Internacionais da UFMG, Fábio Alves. O Programa de Cátedras, lançado em 2014 pela UFMG e pela Embaixada da França no Brasil, é o primeiro programa de cátedras francesas na UFMG e pioneiro também no estado de Minas Gerais. Oito professores ou pesquisadores já foram selecionados para temporadas com duração de 45 dias a seis meses. Nova rede O reitor Jaime Ramírez voltou a se dispor a organizar com instituições no Brasil o projeto de uma rede de universidade brasileiras e francesas. “A cooperação acadêmica vai ganhar em qualidade e ajudar a fortalecer as relações diplomáticas e industriais entre os dois países. É preciso amadurecer a ideia, e estamos prontos a investir tempo e pessoal para esse fim”, afirmou Ramírez. O embaixador Laurent Bili lembrou que as instituições devem se envolver quando houver real motivação para isso e que centros de pesquisa da França podem se juntar a universidades.
Os representantes da França e da UFMG concordaram que é importante que outra parceria bem-sucedida, a das cotutelas na pós-graduação, passe a contar com convênios entre universidades, para que não dependa apenas de iniciativas individuais. Isso estimularia o incremento do número de cotutelas e reduziria a tramitação burocrática, além de garantir a continuidade e aumentar a segurança do processo.
“Vamos tomar esse assunto como dever de casa, verificar, do nosso lado, o que é necessário para pôr esse projeto em andamento”, disse. “Precisamos aproveitar nossa história bilateral para reforçar a colaboração já existente e, mais para frente, tomar iniciativas que elevem o patamar das relações, como a nova rede de universidades proposta pela UFMG.”