Universidade Federal de Minas Gerais

Gabriela Albuquerque/UFMG
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Mestres de saberes tradicionais abrem semestre de formação transversal

terça-feira, 15 de março de 2016, às 16h40

Com a participação de mestres, matriarcas e líderes de comunidades, foi realizada na tarde desta terça-feira, 15, aula inaugural da Formação Transversal em Saberes Tradicionais. A mesa de abertura reuniu, no auditório Neidson Rodrigues, da Faculdade de Educação (FaE), autoridades acadêmicas e os mestres que vão ministrar as duas disciplinas oferecidas neste semestre.

Em seguida, houve apresentação de roda de capoeira e do grupo Boi da Manta, da Irmandade da Pândega, de Lagoa Santa. Durante a solenidade, foram apresentados os mestres e matriarcas responsáveis pelas disciplinas Catar Folhas: saberes e fazeres do povo de Axé e Os Saberes da Capoeira Angola.

Oferecidos na UFMG desde 2013 – inicialmente como parte de projeto do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) de Inclusão no Ensino e na Pesquisa, sediado na Universidade de Brasília – os temas dos Saberes Tradicionais passaram, em 2015, a compor a modalidade de formações transversais, conjuntos de disciplinas tematicamente articuladas que resultam em competência específica.

“Desde 2015, a UFMG assumiu completamente esse programa, que entrou de maneira definitiva na vida da Instituição”, comenta César Guimarães, professor do Departamento de Comunicação e integrante do comitê responsável por essa formação, destacando o pioneirismo da iniciativa entre as universidades brasileiras.

O professor ressalta a grande procura por parte dos alunos, o que levou à ampliação na oferta de vagas. O curso Catar Folhas: saberes e fazeres do povo de Axé segue até 24 de maio, às terças e quintas, das 14h às 17h30, na Estação Ecológica da UFMG. As aulas do curso Os Saberes da Capoeira Angola, nos mesmos dias e horários, serão realizadas na Sala Paula Lima, no Teatro Universitário.

Mestres
O curso sobre capoeira Angola será ministrado por mestre João Angoleiro, enquanto os saberes do povo de Axé serão transmitidos por Mãe Efigênia, Iyanifa Ifadara, Pedrina Lourdes dos Santos e Pai Ricardo. “Trata-se de experiência pedagógica riquíssima, em que os mestres de saberes tradicionais são recebidos por professores parceiros”, observa César Guimarães. Segundo ele, a Formação tem variado a natureza dos cursos oferecidos, ampliando a gama de conhecimentos tradicionais oferecidos aos alunos da UFMG.

12729056_1177720905586247_1636408524449152928_n.jpgMestre João Bosco Alves da Silva (João Angoleiro) iniciou sua formação em meados dos anos 1970, quando jogava capoeira de rua com o Mestre Dunga, em Belo Horizonte. Depois de estudar com Mestre Rogério, no Rio de Janeiro, e com Mestre Morais, na Bahia, ele fundou, em 1993, o grupo de capoeira Eu sou Angoleiro, no qual, desde então, pratica, pesquisa e divulga a capoeira Angola.

921381_1177715778920093_9124962681750379258_o.jpgRicardo de Moura lidera a Associação de Resistência Cultural Afro-brasileira, que atua há 50 anos na Vila Senhor dos Passos, no complexo da Pedreira Prado Lopes, em Belo Horizonte (MG). Mestre Ricardo herdou dos pais os conhecimentos sobre as ervas, os toques e manuseios dos instrumentos musicais, cantos, benzeções, rezas e consulta ao oráculo de búzios da matriz Angola.

943947_1177713528920318_5304679981720884321_n.jpgPedrina de Lourdes Santos é grande conhecedora dos cantos e das narrativas orais em línguas africanas de matriz banto, da história e da cultura afro-brasileiras e, sobretudo, das artes rituais do Reinado de Nossa Senhora do Rosário. Com sua corte de reis congos vinculada à memória dos antigos reinos da África, o Reinado do Rosário enfrentou a diáspora e recriou a socialidade negra nas Américas escravagistas.

12717229_1177710895587248_6644555262454700002_n.jpgYanifá Nylsia foi iniciada há 33 anos nos conhecimentos, na vida e nos mistérios do ketu, cujos fundamentos remontam à rica e milenar cultura yorubá da África ocidental. Em 2011, na cidade de Ibadan, capital do estado nigeriano de Oyo, a cem quilômetros de Lagos, ela iniciou-se nos segredos de Ifá pela mediação de seu Olúwò, o “guardião dos saberes de Ifá”, passando assim à condição de Iyanifá Ifadara.

12717572_1177708992254105_7412008365298864323_n.jpgEfigênia Maria da Conceição tem meio século de santo na Umbanda e 30 anos de despertamento de sua Inquice Matamba no Candomblé. Ela fundou, há 40 anos, o Quilombo Manzo Ngunzo Kaiango, no bairro Santa Efigênia (BH). Sua raiz foi jeje, razão pela qual detém notável conhecimento nessa tradição e nos rituais dessa nação, mas o processo contínuo de sua formação foi na nação angola.

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