A missa de sétimo dia por Melânia Silva de Aguiar, professora aposentada da Faculdade de Letras (Fale), será realizada nesta quarta, 30, às 19h, na igreja Nossa Senhora do Carmo, que fica na Rua Grão Mogol, 502, Carmo. A professora morreu na noite da última quarta-feira, 23. Ruth Silviano Brandão, professora aposentada da Fale, lembra a posição de destaque que Melânia ocupou na docência em Letras brasileira. “Ela era uma das maiores especialistas na literatura mineira do século 18, sem com isso deixar de ser profunda conhecedora das literaturas do século 19 e contemporânea”, diz. A professora conta que Melânia terminou, às vésperas de falecer, uma edição crítica de uma das obras memorialísticas de Pedro Nava. “Ela trabalhou até o último dia da sua vida, enquanto teve saúde”. Especialista do barroco, Melânia era estudiosa da obra de Cláudio Manuel da Costa: sua tese, defendida em 1973 na UFMG, já tratava do jogo de oposições presente na obra do poeta. A docente entrou para a Faculdade de Letras da UFMG em maio de 1970 e lá lecionou até março de 1995. Dirigiu a Unidade de 1986 a 1990. Aposentada pela UFMG, tornou-se – a convite de Ângela Vaz Leão – professora da PUC Minas, instituição da qual se aposentou no ano passado. Márcio Flávio Tôrres Pimenta, secretário do Acervo de Escritores Mineiros, agrega uma informação à trajetória da acadêmica. “Foi Melânia quem intermediou a vinda do acervo de Oswaldo França Junior para o Acervo de Escritores Mineiros”, conta. Melânia morreu em razão de acidente vascular cerebral. “Fica a lembrança de sua gentileza. Melânia era uma professora muito querida pelos alunos, era uma pessoa muito amada”, lembra Ruth.