Fotos: Foca Lisboa/UFMG |
Nesta segunda-feira, 28, foram iniciadas as comemorações dos 50 anos do Departamento de Ciência Política (DCP) da UFMG. O evento contou com a participação de dois dos criadores do Programa de Pós-graduação em Ciência Política, Fábio Wanderley Reis e Antônio Octavio Cintra. Eles participaram de mesa-redonda que abordou a criação do departamento, em dezembro de 1965. Para o professor Antônio Octavio Cintra, a criação do DCP deu-se de forma natural, uma vez que muitos professores e pesquisadores já se dedicavam à ciência política, mesmo na ausência de um departamento dedicado à área. “Tivemos também influência da escola norte-americana, que possuía esse departamento em suas universidades”, conta. Ele acrescentou que o DCP, criado em momento de turbulência da política brasileira (início do período da ditadura), possibilitou ampliar conhecimento dos aspectos políticos da realidade do país. “A ciência política nos ajuda a entender o que se passa na sociedade", disse. Fazendo um paralelo com a atual crise política nacional, o professor Fábio Wanderley Reis disse que os debates em ciência política podem evitar brigas e desentendimentos. "O conhecimento do contexto político é especialmente necessário neste momento.” Também participaram do evento o reitor Jaime Ramírez; a vice-reitora Sandra Goulart Almeida; o diretor da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, Carlo Gabriel Kszan Pancera; o presidente da Associação Brasileira de Ciência Política, Leonardo Avritzer; a coordenadora do Programa de Pós-graduação em Ciência Política da UFMG, Magna Inácio; o chefe do DCP, Wanderley dos Santos; o coordenador da área de Ciência Política da Capes, André Marenco; além de professores do DCP [reunidos na foto]. Conceito máximo Jaime Ramírez destacou o pioneirismo dos professores que fundaram o departamento e também seu caráter interdisciplinar. “O DCP teve a coragem de ir além do campo da ciência política e hoje é um departamento que dialoga com outras áreas, como a filosofia, história e economia. É importante irmos além do nosso local de origem”, concluiu.
O Programa de Pós-graduação em Ciência Política da UFMG obteve conceito máximo na última avaliação da Capes. “Hoje temos 42 programas no Brasil dedicados à ciência política. Entre eles, a UFMG é referência internacional”, disse André Marenco.